A Vale fechou o segundo trimestre de 2012 com lucro líquido de R$ 5,3 bilhões, uma queda de 48% em relação ao mesmo período do ano passado, quando registrou lucro de R$ 10,3 bilhões. Em dólares o lucro alcançou US$ 2,7 bilhões, abaixo da expectativa do mercado que esperava US$ 3 bilhões de lucro para o período. A saída do (ex-) diretor financeiro da Vale na última segunda-feira, 23 de julho de 2012, já aparentava ser um indicador que os resultados viriam abaixo do previsto. Como já comentado, a cotação de uma ação é resultado das expectativas em relação aos números passados e das expectativas quanto ao futuro da empresa. Com a Vale não foi diferente. Apesar da divulgação dos resultados só ter ocorrido após o fechamento do pregão desta quarta-feira, 25 de julho de 2012, as ações preferencias da Vale (VALE5) caíram 0,09%, já a cotação das ações ordinárias (VALE3) registrou queda de 0,53%. Tais baixas colaboram para que o IBOVESPA fechasse nesta quarta-feira praticamente estável, com leve queda de 0,06%.
Com isso, o IBOVESPA ainda segue entre o intervalo de 52.200 (suporte) a 57.700 (resistência) pontos e aparentemente deve continuar nesta faixa, apesar da possibilidade de rompimento do suporte e início de tendência de queda, o que indica a necessidade de atenção especial para os próximos movimentos.
O inferno astral da Vale começou basicamente com a saída do ex-presidente da Companhia, Roger Agnelli, em abril de 2011, principalmente após o início do governo da presidente Dilma Rousseff, que pressionou para a saída do executivo por considerá-lo inábil politicamente e por ele refutar “sugestões oficiais”. Neste sentido, tal fato já vinha sendo muito questionado durante o governo Lula que queria porque queria que a Vale entrasse fortemente no segmento siderúrgico, o que Agnelli considerava que era algo similar a concorrer diretamente com os clientes (ou simplesmente querer acabar com os clientes), principalmente no Brasil – mineradora vende minério basicamente para siderúrgicas. Enquanto a Vale viu a cotação de suas ações caírem algo em torno de 20% após a saída de seu ex-presidente, Roger Agnelli anunciou a criação de uma nova mineradora, a B&A, que atuará no Brasil, América Latina e África. A empresa é fruto de associação entre Roger Agnelli e o BTG Pactual e deve investir R$ 1 bilhão no negócio.
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