Um tema muito comentado nos últimos anos – que alguns até podem achar modismo de administração – é a governança corporativa.
Governança Corporativa está relacionada basicamente a transparência e a boas práticas corporativas, entre elas a gestão do risco. Neste sentido, observa-se que os riscos podem ser mitigados basicamente através de três principais instrumentos:
- controles internos (gerenciais e operacionais);
- contratação de seguros; e
- derivativos (com objetivo de hedge).
Deve-se observar que muitas vezes os três devem ser utilizados em conjunto.
Atualmente é impossível imaginar grandes corporações estruturadas que não possuam controles internos adequados. Portanto, deve-se atentar para a implantação de controles preventivos, detectivos e de aplicativos (estes últimos são os que dependem de sistemas aplicativos, ERP, etc). Não é possível imaginar uma organização profissional sem planejamento estratégico formal, sem código de ética/conduta, sem manual de normas e procedimentos, sem o acompanhamento do orçado versus o realizado, sem o acompanhamento de indicadores (KPI – Key Performance Indicator), etc. Resumindo, não é de se imaginar que uma empresa moderna profissional não se utilize de controles internos apropriados para mitigar os riscos de fraude, entre outros tipos de riscos, e até mesmo para prover a transparência que o mercado demanda, sejam eles acionistas, conselheiros, administradores, clientes, fornecedores, governos e a sociedade como um todo.
Adicionalmente, os seguros auxiliam principalmente a mitigar os riscos de perdas substanciais possíveis, porém muitas vezes improváveis.
E por fim, a utilização de instrumentos financeiros derivativos que é de suma importância para entidades que possam incorrer em riscos de fluxo de caixa devido a oscilações de preços, seja de câmbio, taxa de juros, commodities ou mesmo de índices bursáteis (IBOVESPA, Dow Jones, Nasdaq, etc). Os instrumentos financeiros derivativos com objetivo de hedge muitas vezes não são utilizados por desconhecimento dos agentes do mercado [na maioria das vezes os administradores de empresas e até mesmo uma boa parte dos profissionais do setor bancário não sabem como efetuar (utilizar-se de) operações com derivativos]. Neste sentido, observa-se muito espaço para profissionalização das empresas e para os gestores de riscos que utilizam derivativos.
Portanto, pode-se entender governança corporativa como um conjunto de melhores práticas com o objetivo de profissionalização e transparência, e a gestão de riscos é um de seus principais pilares.
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