sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Brasil cresce menos que a média mundial


Nos últimos 32 anos, de 1980 a 2011, o Brasil cresceu menos que a média mundial em 19 anos. Os piores anos foram 1981 (segundo choque do petróleo), 1983 (moratória do México), 1988 (efeitos da moratória decretada pelo Brasil em 1987), 1990 (confisco – plano Collor), 1992 (corrupção –impeachment de Collor), 1996 (PROER – programa de reestruturação de instituições financeiras que tiveram dificuldades em se adaptar à baixa inflação pós-plano Real), 1997 (crise dos tigres asiáticos), 1998 (crise Rússia), 1999 (crise brasileira – desvalorização do Real), 2001 (apagão e crise argentina), 2003 (expectativa negativa quanto ao governo Lula), 2005 (mensalão) e 2011 e 2012 (ineficácia em aproveitar o bom momento mundial).


Conforme tabela acima, verifica-se que entre 1980 e 1990 ocorreram os piores e melhores anos de crescimento econômico do Brasil em relação ao crescimento econômico mundial. Tal fato deve-se a grande instabilidade e falta de previsibilidade de uma economia hiperinflacionária. Entretanto – embora os péssimos resultados de 1981, 1983, 1988 e 1990 – pode ser observado que neste período a média de crescimento do Brasil não foi muito diferente da média de crescimento mundial (de 1980 a 1985: Mundo 2,54% e Brasil 2,52% e de 1986 a 1989: Mundo 3,75% e Brasil 3,70%). Já o período do governo Collor, 1990 a 1992, pode ser encarado como o pior momento econômico da história recente do Brasil (Mundo 1,36% e Brasil -1,10%). Na sequência tivemos um excelente governo do então presidente Itamar Franco, entre 1993 e 1994, período este que o Brasil teve significativo crescimento econômico ante a média mundial (os dois anos acima da média global: Mundo 1,60% e Brasil 5,00%), por tentar efetuar um governo de coalizão e reunir uma excelente equipe econômica sob a liderança de Fernando Henrique Cardoso (Persio Arida, André Lara Resende, Gustavo Franco, Pedro Malan, Edmar Bacha, Clóvis Carvalho e Winston Fritsch) que deu as bases e implantou o plano Real.

O governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC) consolidou o plano Real e implementou uma série de medidas estabilizadoras da economia como o PROER – caso os Estados Unidos tivessem observado o que o Brasil fez em 1996 dando credibilidade ao mercado financeiro brasileiro com o fortalecimento das instituições financeiras nacionais (sólidas desde então), provavelmente a crise financeira de 2008 não teria tido tamanho impacto global – além de privatizações (e concessões), a Lei de Responsabilidade Fiscal e o forte foco quanto a politica educacional de base. Porém boa parte dos frutos destas políticas não são imediatos e o desempenho econômico do governo de FHC não obteve tanto êxito em seu período devido às reformas econômicas estarem ocorrendo neste período em meio a forte turbulências econômicas mundiais (crises do México em 1994; equalização da dívida externa ainda em 1994 com a adesão ao plano Brady – em virtude da moratória de 1987 durante o governo Sarney; crise dos tigres asiáticos em 1997; crise russa de 1998; crise do Brasil com o contágio das crises citadas – o que obrigou o Brasil a desvalorizar o Real, crise argentina em 2001 e crise do setor energético também em 2001 – que só a partir dos graves apagões em 2001, devido ao baixo nível das hidrelétricas, foi realizado o planejamento do setor elétrico que entre outras medidas contemplou a instalação de termoelétricas, que apesar de ser mais cara que a energia hidrelétrica é o que vai salvar o Brasil de um apagão mais sério em 2013).

O governo do presidente Lula sofreu muito no primeiro ano em virtude da crise de insegurança que sua eleição representava na época (boa parte do Brasil e do mundo pensava que a política econômica do governo Lula seria baseada na ideologia retórica e ultrapassada de boa parte dos radicais de esquerda do Partido dos Trabalhadores, partido de Lula). Felizmente a política econômica do governo Lula foi bastante ortodoxa no primeiro momento, enquanto tinha Antonio Palocci como Ministro da Fazendo e já em 2004 o Brasil pôde crescer praticamente no mesmo nível da média global. Tal fato foi decorrente da continuidade do plano Real e da ampliação de programas de transferência de renda – união dos programas Bolsa Escola, Auxílio Gás e Cartão Alimentação do governo de FHC em um programa único e de maior alcance que é o Bolsa Família. Entretanto, os anos de 2005 e 2006 foram afetados negativamente por escândalos de corrupção, em especial o “Mensalão”, o que implicou em baixo crescimento frente à economia global. Em 2007, com a acomodação dos escândalos de corrupção e com o lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Brasil retornou ao rumo da economia mundial e em 2008 obteve crescimento superior à média global, em parte por não ter sido tão afetado – em um primeiro momento – pela crise financeira global, que teve como auge a quebra do banco de investimentos Lehman Brothers, em 15 de setembro de 2008, em decorrência da crise imobiliária americana. Em 2009 os efeitos da crise chegaram efetivamente ao Brasil que teve após mais de 16 anos a primeira retração do PIB, tendo inclusive resultado inferior à média global neste ano. Em 2010 o governo Lula lançou o PAC 2, com o intuito de aumentar o baixo investimento histórico do Brasil e de quebra eleger sua sucessora, a atual presidente Dilma Rousseff. Tal ação foi muito positiva e o Brasil obteve o maior crescimento em relação à média mundial desde 1994 (e com crescimento efetivo abaixo apenas que os anos 1980, 1985 e 1986, com base no período analisado) e o então presidente Lula conseguiu eleger sua sucessora.

O governo Dilma iniciou aparentemente com aspectos positivos quanto a maior rigidez em relação à corrupção. Contudo, em relação ao plano econômico tem tido um desempenho muito aquém do esperado. Os dados de 2011 demonstraram crescimento bem abaixo da média global e 2012 apresentou resultado – ainda extraoficial – de apenas 1%, quando a média global estimada é de mais de 2%. Em suma, os dois anos do governo Dilma apresentam-se como os piores desde o período Collor (aguardando apenas a confirmação dos dados oficiais do IBGE e do Banco Mundo para 2012). Tal fato é decorrente de interferências diretas e excessivas em todos os aspectos econômicos. Primeiramente pela mudança no comando do Banco Central do Brasil, que aparentemente perdeu a independência conquistada desde o governo de Fernando Henrique Cardoso ou mesmo por ter deixado adentrar numa das mais gabaritadas autarquias federal ideologias heterodoxas ultrapassadas. Ademais, existe falta de previsibilidade econômica, o que dificulta as decisões de investimentos (ninguém sabe ao certo quanto será a taxa de câmbio daqui a um ano ou mesmo se a meta de inflação será cumprida algum dia ou se a meta de inflação é efetivamente ficar abaixo do limite/teto estabelecido, ou mesmo se algum índice ou rubrica das contas nacionais não terão sua metodologia alterada para não contrariar os números requeridos por este atual governo federal). Além disso, a manipulação cambial, além de dificultar as decisões de investimentos, tem sido um dos maiores problemas recentes da economia brasileira. Como já comentado em outros artigos, o Real desvalorizado artificialmente é ruim para os importadores, ruim para a inflação, ruim para quem deseja viajar para o exterior e ruim para a economia como um todo. E dizer que o Real está valorizado claramente é uma visão pouco racional e de curta profundidade. Adicionalmente, a desvalorização do Real tem decorrido do aumento do nível de reservas internacionais (e não de problemas decorrentes de resultados negativos de Balança Comercial, que em 2012 foi superior a USD 19 bilhões), que desde o início do governo da presidente Dilma Rousseff já aumentou aproximadamente USD 90 bilhões, estando em USD 378 bilhões atualmente. E, conforme comentado em artigos anteriores, existe um custo real decorrente do volume excessivo de reservas internacionais: a rentabilidade média das reservas internacionais em dólares (USD) de 2003 a 2011 foi de apenas 4,67% e tem ficado abaixo de 4% desde a crise financeira global, mais especificamente a partir de 2009 (embora a crise financeira global tenha eclodido em 2008, parte de seus efeitos foram mais fortemente sentidos a partir de 2009). Considerando a média histórica de rentabilidade indicada e considerando a desvalorização de 8,94% do real (R$) perante o dólar (USD) em 2012, verifica-se que a rentabilidade em reais (R$) das reservas internacionais tem sido negativa durante o governo Dilma. Outros fatos adicionais que podem ser ressaltados – como má condução da política econômica do governo Dilma Rousseff – são as atitudes imprevisíveis e arbitrárias como a redução forçada da energia elétrica sem respeitar os contratos vigentes, controle de preços – em especial gasolina e diesel, benefícios a setores específicos sem embasamento teórico e empírico relevante ao invés de políticas econômicas sólidas e abrangentes para a economia como um todo e não para beneficiar apenas uma pequena porção da economia que não tem trazido resultados diretos positivos para a economia do Brasil (como é o caso da indústria cujo resultado estimado é de retração superior a 2%). As reduções de tributos como o IPI, a desoneração da folha de pagamentos e a manutenção da taxa de câmbio desvalorizada fizeram sim o faturamento das indústrias crescer, porém a produção caiu 1,5%, a utilização da capacidade instalada recuou 0,9% e o emprego apresentou queda de 0,2% em 2012 na comparação com 2011, conforme dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Difícil entender o porquê do desvio de uma rota econômica positiva para uma trajetória descendente iniciada pelo governo da presidente Dilma Rousseff e do Ministro da Fazenda Guido Mantega. Parece que eles querem verificar os resultados de suas ineficiências e ineficácias nas urnas em 2014 ou estão contando com o Bolsa Família como trunfo para a próxima eleição presidencial.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Petrobras divulga resultado de 2012


Excesso de intervenção estatal, principalmente pela desvalorização do Real, derruba lucro da Petrobras. Como a própria presidente da Petrobras, Graças Foster, disse: “o resultado 36% inferior ao de 2011 é explicado pelo aumento da importação de derivados a preços mais elevados, pela desvalorização cambial, que impacta tanto o resultado financeiro como os custos operacionais”. O resultado do período de R$ 21 bilhões foi prejudicado pelo segmento abastecimento, que teve um prejuízo de R$ 23 bilhões, resultado do aumento de 8% da demanda do mercado interno (aumento de 17% da gasolina e gás natural, diesel 6% e querosene de aviação 5%), o que implicou no aumento de 12% do volume de importação de derivados de petróleo, apesar do crescimento de 5% da produção de derivados em 2012, aumentando a utilização da capacidade nominal de refino de 92% para 96%, em 2011 e 2012, respectivamente, o que mostra possível impacto inflacionário por oferta (baixa capacidade de produção frente a demanda) ou resultados mais tímidos nos períodos vindouros (exceto se houver valorização do Real e/ou queda do preço dos combustíveis no mercado internacional).


segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

OGX: retorno de 7% em menos de dois meses para OGXP3?


As ações da OGX, empresa brasileira de óleo e gás natural controlada pelo Grupo EBX, do bilionário Eike Batista, foram uma das que tiveram pior desempenho em 2012, com queda de 68% – principalmente por expectativas frustradas (como a queda de mais de 25% em um único dia, 27 de junho de 2012, com a divulgação dos testes de vazão no Campo de Tubarão Azul, na Bacia de Campos, resultado considerado decepcionante), o que ainda faz com que o mercado – em especial os especuladores – pressione para baixo o preço das ações da OGX devido às incertezas quanto a real capacidade da Companhia.

Em 2013 aparentemente a situação da Companhia é vista pelo mercado como mais favorável. As ações da OGX já acumulam alta de 10% em janeiro de 2013 (até o dia 26). Como fatos relevantes que implicaram na valorização das ações OGXP3 neste período destacam-se: o início de produção do terceiro poço produtor no Campo de Tubarão Azul (em 04 de janeiro de 2013) e a autorização pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) das atividades de perfuração e completação do poço 7-TBMT-10H-RJS, no campo de Tubarão Martelo. Com o aval da ANP, a OGX já deu início às atividades de perfuração do quarto poço produtor daquele campo. A previsão da Companhia é iniciar a produção em Tubarão Martelo, na bacia de Campos, com a chegada do FPSO (navio-plataforma) OSX-3, no segundo semestre de 2013. Adicionalmente, vários são os analistas que consideram que o preço das ações OGPX3 está subavaliado. A sugestão do BTG Pactual é de compra, com preço-alvo em torno de R$ 18,00. Já a Planner Corretora e o Barclays indicam como preço-alvo R$ 9,60 e R$ 7,00, respectivamente. De acordo com o site da revista Exame, a média de preço-alvo projetado pelas corretoras (HSBC, Planner, Santander, Votorantim, Barclays) para 2013 é de R$ 9,72.

Análise técnica OGXP3




De acordo com a figura acima, os indicadores MACD maior que zero e Estocástico próximo a 20 indicam oportunidades de compra para ações OGXP3. 

Adicionalmente, com base no gráfico abaixo, referente às cotações da OGXP3 nos últimos três meses, verifica-se um nível de suporte em R$ 4,25 e um nível de suporte a R$ 5,20, com última cotação a R$ 4,82. Desta forma, estima-se retorno aproximado de 7% nos próximos dois meses em relação à última cotação (observe que a indicação é bem inferior aos preços-alvo indicados pelas instituições financeiras listadas acima, basicamente em virtude do prazo mais curto da indicação de alta de mais de 7%).


OBS: O autor do blog não se responsabiliza por nenhuma operação que for ou vier ser realizada por qualquer leitor baseados nas informações aqui fornecidas, cabendo a eles, exclusivamente, a decisão de adquirir ou alienar valores mobiliários e o eventual ônus ou retorno financeiro decorrente de tal decisão. Qualquer decisão de compra ou venda de títulos e valores mobiliários deverá ser baseada em informações públicas existentes sobre os referidos títulos. Atenção ao investir em renda variável. O investidor deve estar ciente de que rentabilidade passada não significa certeza de rentabilidade futura.


segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Ideologia barata ou retomar o crescimento?

O Brasil vem passando por um período de forte incerteza econômica neste início de ano. De um lado otimistas (ou pessimistas mal informados) que ressaltam que medidas como a redução da taxa de juros básica a 7,25% ao ano, aliada às obras da Copa do Mundo, Olimpíadas e PAC, além de redução de carga tributária e desoneração de folha de pagamentos para alguns setores específicos da economia e redução forçada do preço da energia elétrica seriam alguns dos indícios que a economia brasileira retomaria o rumo de crescimento. De outro, os que observam os fatos. Vários são os fatores que dificultam a crença neste otimismo. O prejuízo de R$ 1,3 bilhão da Petrobras no segundo trimestre de 2012 chamou a atenção. Tal fato foi decorrente da desvalorização do real (R$), que implicou em expressiva variação cambial negativa para maior “estatal” (na verdade, empresa de economia mista) e empresa do Brasil. Para evitar resultados negativos tão significativos e não influenciar ainda mais na trajetória ascendente da inflação que poderia ser um aumento do preço dos combustíveis derivados de petróleo, o governo federal resolveu absorver o aumento dos combustíveis (gasolina 7,83% e diesel 3,94%), no final de junho de 2012, através da redução da alíquota da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) para 0%. Mas, em dezembro de 2012, o ministério da fazenda já sinalizou que haverá reajuste em 2013.

Ademais, o dólar (USD) continuou o processo de valorização perante o real (R$) até dezembro de 2012, em grande parte por interferências do Banco Central, aumentando o nível de reservas durante 2012 em USD 26,548 bilhões (o montante de reservas internacionais em 31 de dezembro de 2012 alcançou USD 378,613 bilhões. Em 31 de dezembro de 2011, as reservas internacionais eram de USD 352,012 bilhões e o Brasil ocupava a sexta posição no ranking de maiores reservas internacionais do mundo, atrás apenas da China, Japão, Arábia Saudita, Rússia e Taiwan. Desde o início do governo da presidente Dilma Rousseff o nível de reservas internacionais já aumentou aproximadamente USD 90 bilhões.). Este montante elevado de reservas internacionais tem um custo altíssimo.

Segundo o Relatório de Gestão das Reservas Internacionais, do Banco Central do Brasil, de junho de 2012, a rentabilidade média das reservas internacionais em dólar (USD) de 2003 a 2011 foi de apenas 4,67% (a rentabilidade em 2011 foi de apenas 3,6%). Considerando esta média histórica de rentabilidade ou mesmo a rentabilidade de 2011 e considerando a desvalorização de 8,94% do real (R$) perante o dólar (USD) em 2012, claramente verifica-se que a rentabilidade em reais das reservas internacionais é negativa. E por que arcar com este ônus de rentabilidade negativa?



Em primeiro lugar é importante entender que é de suma importância manter recursos em reservas internacionais. A questão é “mas por que em montante tão elevado?” Manter reservas internacionais é importante porque fortalece a credibilidade da economia do país, principalmente para o Brasil que foi um dos países que não honraram seus compromissos de dívida na década de 1980 (o Brasil deu um verdadeiro calote durante o governo Sarney, moratória da dívida externa em 1987, questão que só foi resolvida em 1994 através da adesão ao plano Brady, durante o governo de Itamar Franco). Mas, segundo dados do Banco Central do Brasil, em novembro de 2012 a relação reservas internacionais versus dívida total era de 1,22, ou seja, 22% a mais de reservas internacionais do que dívidas a pagar, o que representa que o Brasil é credor internacional. E ser credor internacional é ruim? A princípio não, mas considerando que a rentabilidade das reservas é negativa, não é bom negócio acumular mais reservas! É o que está acontecendo na prática também para o poupador individual comum no Brasil, que precisa se conscientizar da necessidade de diversificação de seus investimentos. A poupança rende em média 6% ao ano, considerando que a inflação medida pelo IGP-M foi 7,81%, a rentabilidade efetiva foi negativa (-1,81%)!

Manter este nível de reservas internacionais tão alto não faz sentido! Por que a Excelentíssima Presidente Dilma Rousseff reclama que os Estados Unidos estão adotando uma política monetária expansionista e desvalorizando o dólar (USD) se o Brasil é um dos principais financiadores dos Estados Unidos (comprando títulos públicos americanos de baixa rentabilidade) e se o Brasil também vem desvalorizando o real (R$)? Pura incoerência!

O elevado nível de reservas implica em perda de parte de uma possível remuneração com juros (desta reserva excessiva), que poderia muito bem ser melhor direcionada para amortizar parte da dívida pública (injetando mais recursos na economia), reduzir o compulsório, entre outras medidas, o que possibilitaria efetiva e significativa redução dos juros para economia real (leia-se empresas e consumidores) e poderia impulsionar a economia de forma mais sustentada (menos juros, mais investimentos, mais crédito para o consumidor, mais consumo, maior crescimento, etc.).

O enfraquecimento do real é uma anomalia de curto prazo, devido a interferência do governo federal. Seus efeitos são nefastos e no futuro próximo podem ser devastadores. O real desvalorizado artificialmente é ruim para quem deseja viajar para o exterior, ruim para os importadores, ruim para a inflação e ruim para a economia como um todo. E dizer que o real está valorizado claramente é uma visão pouco racional e de curta profundidade.

Ideologia

Ao final de novembro de 2012, quando o dólar estava próximo de R$ 2,10 /USD, o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o dólar acima de R$ 2,00 vinha para ficar e foi agraciado durante a 32ª reunião do Fórum Nacional da Indústria da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Na oportunidade o presidente da CNI, Robson Braga Andrade, disse: “O dólar estava em R$ 1,60, nós achávamos que tinha de chegar pelo menos a R$ 2,00. Chegou a R$ 2,00 e agora a gente acha que tem de chegar a R$ 2,40”. Incrível como fica claro a quem o governo federal quer atender em detrimento de todos os setores da economia. A indústria é o setor a ser beneficiado! O motivo? Certamente não é econômico! Só para confirmar que não é econômico, verifica-se que o crescimento estimado para indústria em 2012 é negativo em mais de 2% (aproximadamente -2,4% ou pior). A economia como um todo ainda conseguiu um pífio crescimento econômico em 2012 de aproximadamente 1%, mas o setor beneficiado pelo governo não colaborou, com retração das atividades, queda da utilização da capacidade instalada e queda no nível de emprego (segundo indicadores econômicos do Banco Central do Brasil, de 16 de janeiro de 2013, a produção industrial total teve retração de 2,6%, até novembro de 2012, e o emprego na indústria de transformação tinha sofrido retração de 0,4% e a utilização da capacidade instalada teve queda de 1,3%, dados até outubro 2012). Isso tudo mesmo após o governo ter atuado diretamente beneficiando o setor industrial, com desvalorização cambial artificial, redução de IPI para automóveis e eletroeletrônicos, desoneração de encargos sobre folha de pagamentos e até a provável malfadada redução forçada do preço da energia elétrica em 2013.

Resquícios de desenvolvimentismo das décadas de 50, 60 e 70 (através de indústrias) ainda se fazem presentes na cabeça de ministros e até da presidente. Isto é inacreditável! A economia atual tem sim grande impacto e participação da indústria, mas deve ser observado que o setor de serviços é que tem alavancado as economias de todo mundo. A mera instalação de fábricas no país não gera tanta riqueza se não houver participação significativa de pesquisa e desenvolvimento (P&D) locais, com o incentivo a capacitação não apenas em nível técnico como é pregado (apesar de muito importante), mas sim em níveis mais elevados de conhecimento e tecnologia! Tome-se o caso do Japão, Coreia do Sul e até da China. Estes países eram importadores de tecnologia, depois se tornaram copiadores e agora são disseminadores de tecnologia e conhecimento. O Brasil ainda é muito tímido em relação a este tema, em relação ao comércio internacional e em diversos outros temas que poderiam gerar algum tipo de crescimento sustentado.

Já foi comprovado que excesso de intervencionismo estatal conduz a ineficiências econômicas e até mesmo aumento da corrupção (observem o caso da antiga União Soviética ou mesmo as obras do PAC, como a transposição do Rio São Francisco, com mais de R$ 700 milhões reconhecidos como indevidos).

Ora, que existe o “Custo Brasil” decorrente de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos sucateados todos sabemos. Sabemos também que o sistema tributário brasileiro é muito complexo, com carga tributária superelevada, sendo uma das mais altas do mundo, e demanda quantidade adicional elevada de profissionais para entendimento e execução das atividades tributárias em comparação a outros países. Sim, já sabemos! Mas por que também não cobrar da iniciativa privada melhoria de seus processos produtivos? Por que não cobrar da iniciativa privada que ela é corresponsável pela infraestrutura? Por que alguns poucos setores da economia tem de ser beneficiados sem critério? Por que atribuir aos setores financeiro e de energia elétrica o ônus de toda a economia? Simples! Os setores menos produtivos sempre esperam que o governo faça o que eles deveriam fazer e uma das formas que eles conseguem isto é através do lobby por redução de tributos (o que é válido) e por desvalorização cambial. A desvalorização cambial possibilita aos menos produtivos uma reserva de mercado por dificultar e muitas vezes impedir a concorrência internacional. Um mercado menos competitivo pode cobrar preços mais altos por determinados produtos e serviços do que se houvesse um mercado competitivo. Isto implica menor volume de importações e maior inflação interna (e alguns esperam aumento do volume de exportação, mas como a produtividade de alguns produtos internos é baixa, muitas vezes a desvalorização cambial só implica a redução do comércio internacional e o aumento da inflação).

Por isso, é preciso ter em mente que menos intervencionismo estatal, com o câmbio efetivamente flutuante e não desvalorizado, pode ser um dos maiores estímulos tanto para redução da inflação como também para o crescimento sustentado.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Ações em alta em 2013?

Renomado professor de finanças de Wharton, PhD pelo MIT, Jeremy Siegel, diz que o Dow Jones tem 66% de probabilidade de alcançar os 15000 pontos e 50% de probabilidade de vir a alcançar os 17000 pontos em 2013. Atualmente o índice Dow Jones está em aos 13488 pontos. O que isso indica? Indica que a tendência é de valorização dos principais índices de ações no mundo, dentre os quais o IBOVESPA. Consequentemente, espera-se que em 2013 boa parte das ações se valorizem, indicando oportunidades de ganhos com ações em 2013.


Vide link abaixo com entrevista na CNBC.

http://www.cnbc.com/id/100373289

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Contabilidade criativa?

Matéria, com vídeo, do Jornal da Globo sobre manobras nos gastos federais (contabilidade criativa):
http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2013/01/oposicao-cobra-explicacao-de-manobras-nos-gastos-federais.html

http://mansueto.wordpress.com/2013/01/08/sobre-truques-fiscais-e-a-contabilidade-criativa/

Os links acima contém informações relevantes sobre manobras nos gastos federais em 2012 ou, como está sendo chamada, contabilidade criativa. A princípio, mais uma trapalhada do excelentíssimo ministro Guido Mantega. Quando os dados oficiais sobre a contabilidade nacional de 2012 comento tal assunto com mais detalhes.

Desempenho das principais ações do IBOVESPA


Setor
Petróleo
Mineração
Siderurgia
Ação
PETR4
OGXP3
VALE5
VALE3
GGBR4
Rentabilidade em 2012
-6,9%
-67,8%
14,5%
13,4%
25,7%
Participação (Volume R$) Empresa/Setor
71,0%
25,3%
96,3%
96,3%
41,0%
Participação (Volume R$) Setor/BOVESPA
15,7%
15,7%
15,4%
15,4%
4,4%

Setor
Instituição Financeira
Serviços Financeiros
Construção Civil
Ação
ITUB4
BBDC4
BBAS3
BVMF3
PDGR3
Rentabilidade em 2012
1,7%
18,0%
15,7%
49,0%
-41,9%
Participação (Volume R$) Empresa/Setor
34,5%
27,0%
18,5%
33,0%
30,7%
Participação (Volume R$) Setor/BOVESPA
12,7%
12,7%
12,7%
6,1%
5,7%

Fonte: BM&FBovespa

Dentre as ações listadas acima, destaque para as ações da BM&FBovespa (BVMF3), com alta de 49%. Com rentabilidade negativa de 67,8%, a empresa OGX, do megaempresário Eike Batista, foi uma das decepções do ano. Contudo, existe expectativa entre os analistas que a OGXP3 esteja subvalorizada e é bem possível que em 2013 recupera pelo menos parte da enorme perda sofrida em 2012.

Ouro foi uma boa opção de investimento em 2012

O ano de 2012 foi marcado por incertezas, principalmente pela crise europeia. Os investidores, na maioria dos casos, ficam mais avessos ao risco em períodos de incerteza e, desta forma, geralmente migram para investimentos considerados mais seguros, como é o caso do ouro. Abaixo lista de alguns dos principais ativos e suas respectivas rentabilidades:

Ouro*
Dólar**
DI***
IGP-M****
IBOVESPA*
Poupança˄
Poupança˄˄
15,26%
8,94%
8,37%
7,81%
7,40%
6,48%
6,00%
Fonte:
*BM&FBovespa
** Banco Central do Brasil
*** CETIP
**** Ipeadata
^ Estimativa para depósitos realizados até 3.5.2012
^^ Estimativa para depósitos realizados após 3.5.2012 

O ouro foi a melhor opção de investimento dentre os ativos da tabela. Porém, como pode ser observados em artigos anteriores, a rentabilidade do ouro não chegou nem perto de ações como TELE NORT CL ON, cuja rentabilidade alcançou +235,7%. 

Resultado de índices do mercado de capitais em 2012 e entendendo seu significado

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Índice
Descrição
No ano
1 ICON Índice de Consumo 40,44%
2 IFIX Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários 35,04%
3 SMLL Índice Small Caps 28,66%
4 INDX Índice do Setor Industrial 26,29%
5 BDRX Índice de BRDs Não Patrocinados GLOBAL 25,93%
6 IGC-NM Índice de Governança Corporativa Novo Mercado 24,96%
7 IMOB Índice Imobiliário 22,37%
8 IDIV Índice de Dividendos 21,50%
9 IVBX-2 Índice V alor BM&FBOVESPA 20,81%
10 ISE Índice de Sustentabilidade Empresarial 20,49%
11 IMAT Índice de Materiais Básicos 20,27%
12 ITAG Índice de Ações com Tag Along Diferenciado 19,23%
13 IGC Índice de Ações com Governança Corporativa Diferenciada 19,02%
14 IGCT Índice de Governança Corporativa Trade 16,47%
15 ICO2 Índice Carbono Eficiente 16,39%
16 IFNC Índice Financeiro 15,75%
17 IBRA Índice Brasil Amplo 13,59%
18 MLCX Índice Mid-Large Cap 12,00%
19 IBrX Índice Brasil 11,55%
20 IBrX 50 Índice Brasil 50 9,87%
21 IBOVESPA Índice BOVESPA 7,40%
22 UTIL Índice Utilidade Pública -6,36%
23 IEE Índice de Energia Elétrica -11,72%

Fonte: BM&FBOVESPA


Agora entenda o significado de cada índice:

Índice
Descrição
O que é?
ICON Índice de Consumo O Índice de Consumo mede o comportamento das ações das empresas representativas dos setores de consumo cíclico e não-cíclico.  Atualmente é composto por 37 ações, dentre as quais destacam-se: AMBV4, BRFS3, CRUZ3, LREN3, NATU3, JBSS3
IFIX Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários O IFIX é composto pelos fundos imobiliários negociados nos mercados de bolsa e de balcão organizado da BM&FBOVESPA. Atualmente é composto por 68 fundos, dentre as quais destacam-se: BRCR11, HGRE11, KNRI11, HGBS11, BBVJ11, ABCP11, BBFI11B
SMLL Índice Small Caps O índice Small Cap mede o retorno de uma carteira composta por empresas de menor capitalização. Fazem parte do índice ações que não estejam incluídas no índice Mid Large (MLCX), empresas emissoras de BDRs e empresas em recuperação judicial ou falência. Atualmente é composto por 68 ações, dentre as quais destacam-se: CTIP3, AEDU3, KROT3, PDGR3, QUAL3, DASA3, ALLL3, MRVE3, POMO4, CESP6
INDX Índice do Setor Industrial Fruto de um convênio entre a FIESP e a BM&FBOVESPA, o Índice do Setor Industrial (INDX) foi desenvolvido com o objetivo de medir o desempenho das ações mais representativas do setor industrial. Atualmente é composto por 49 ações, dentre as quais destacam-se: AMBV4, BRFS3, GGBR4, CRUZ3, EMBR3, NATU3, JBSS3
BDRX Índice de BRDs Não Patrocinados GLOBAL Indice valorizado pela multiplicação da quantidade teórica de cada BDR Não Patrocinado pelo seu Valor de Referência, que é o preço do último negócio registrado nesse intervalo ou a média aritmética dos preços das melhores ofertas de compra e de venda (“Topo de Livro”) registradas no momento do cálculo. Atualmente é composto por 69 BDRs Não Patrocinado, dentre as quais destacam-se: AAPL11B, EXXO11B, WALM11B, IBMB11B, MSFT11B, GEOO11B, CHVX11B, ATTB11B, JNJB11B, PFIZ11B
IGC-NM Índice de Governança Corporativa Novo Mercado O Índice de Ações com Governança Corporativa Diferenciada – Novo Mercado tem por objetivo medir o desempenho de uma carteira teórica composta por ações de empresas que apresentem bons níveis de governança corporativa e que estejam listadas no Novo Mercado. Atualmente é composto por 126 ações, dentre as quais destacam-se: BVMF3, UGPA3, BRFS3, BBAS3, CCRO3, CIEL3, BRML3, EMBR3, LREN3, SBSP3
IMOB Índice Imobiliário O Índice Imobiliário mede o comportamento das ações das empresas representativas dos setores da atividade imobiliária compreendidos por construção civil, intermediação imobiliária e exploração de imóveis. Atualmente é composto por 19 ações, dentre as quais destacam-se: BRML3, BRPR3, CYRE3, PDGR3, MULT3, MRVE3
IDIV Índice de Dividendos O IDIV é composto pelas empresas listadas na BM&FBOVESPA que apresentaram os maiores “dividend yields” nos últimos 24 meses anteriores a seleção da carteira. Não estão incluídas nesse universo empresas emissoras de BDRs e empresas em recuperação judicial ou falência. Atualmente é composto por 39 ações, dentre as quais destacam-se: VALE5, BVMF3, BBAS3, VALE3, CIEL3, SANB11, VIVT4, CRUZ3, CMIG4, NATU3
IVBX-2 Índice V alor BM&FBOVESPA Índice desenvolvido em conjunto pela BM&FBOVESPA e pelo jornal Valor Econômico, visando mensurar o retorno de uma carteira hipotética constituída exclusivamente por papéis emitidos por empresas de excelente conceito junto aos investidores, classificadas a partir da 11ª posição, tanto em termos de valor de mercado como de liquidez de suas ações. Atualmente é composto por 50 ações, dentre as quais destacam-se: UGPA3, BRFS3, CCRO3, GGBR4, CIEL3, BRML3, EMBR3, CMIG4, LREN3, SBSP3, NATU3, JBSS3
ISE Índice de Sustentabilidade Empresarial O ISE é uma ferramenta para análise comparativa da performance das empresas listadas na BM&FBOVESPA sob o aspecto da sustentabilidade corporativa, baseada em eficiência econômica, equilíbrio ambiental, justiça social e governança corporativa. Também amplia o entendimento sobre empresas e grupos comprometidos com a sustentabilidade, diferenciando-os em termos de qualidade, nível de compromisso com o desenvolvimento sustentável, equidade, transparência e prestação de contas, natureza do produto, além do desempenho empresarial nas dimensões econômico-financeira, social, ambiental e de mudanças climáticas. Atualmente é composto por 51 ações, dentre as quais destacam-se: VALE5, UGPA3, BRFS3, VALE3, CCRO3, GGBR4, ITUB4, VIVT4
IMAT Índice de Materiais Básicos O Índice de Materiais Básicos mede o comportamento das ações das empresas representativas do setor de Materiais Básicos. Atualmente é composto por 16 ações, dentre as quais destacam-se: GGBR4, VALE5, CSNA3, VALE3, GOAU4
ITAG Índice de Ações com Tag Along Diferenciado O ITAG – Índice de Ações com Tag Along Diferenciado tem por objetivo medir o desempenho de uma carteira teórica composta por ações de empresas que ofereçam melhores condições aos acionistas minoritários, no caso de alienação do controle. Atualmente é composto por 182 ações, dentre as quais destacam-se: ITUB4, BBDC4, BVMF3, UGPA3, ITSA4, BRFS3, BBAS3, BBDC3, CCRO3, GGBR4
IGC Índice de Ações com Governança Corporativa Diferenciada O IGC - Índice de Ações com Governança Corporativa Diferenciada tem por objetivo medir o desempenho de uma carteira teórica composta por ações de empresas que apresentem bons níveis de governança corporativa. Tais empresas devem ser negociadas no Novo Mercado ou estar classificadas nos Níveis 1 ou 2 da BM&FBOVESPA. Atualmente é composto por 193 ações, dentre as quais destacam-se: ITUB4, VALE5, BBDC4, BVMF3, VALE3, UGPA3, BRFS3, BBAS3, CCRO3, CIEL3
IGCT Índice de Governança Corporativa Trade O IGCT é composto pelas ações de empresas integrantes do IGC que atendam simultaneamente aos critérios: índices de negociabilidade somados representem 99% do valor acumulado de todos os índices individuais e participação em termos de presença em pregão igual ou superior a 95% nos últimos 12 meses. Atualmente é composto por 127 ações, dentre as quais destacam-se: ITUB4, VALE5, BBDC4, VALE3, BVMF3, UGPA3, ITSA4, BRFS3, BBAS3, BBDC3
ICO2 Índice Carbono Eficiente Indicador, composto pelas ações das companhias participantes do índice IBrX-50 que aceitaram participar dessa iniciativa, adotando práticas transparentes com relação a suas emissões de gases efeito estufa (GEE), leva em consideração, para ponderação das ações das empresas componentes, seu grau de eficiência de emissões de GEE, além do free float (total de ações em circulação) de cada uma delas. Atualmente é composto por 36 ações, dentre as quais destacam-se: ITUB4, BBDC4, AMBV4, VALE5, VALE3, BVMF3, BBAS3
IFNC Índice Financeiro O Índice Financeiro mede o comportamento das ações das empresas representativas dos setores de intermediários financeiros, serviços financeiros diversos e previdência e seguros. Atualmente é composto por 15 ações: ITUB4, BBDC4, BVMF3, ITSA4, BBAS3, CIEL3, SANB11, BBDC3, CTIP3, ITUB3, BRSR6, PSSA3, SULA11, BPNM4, ABCB4
IBRA Índice Brasil Amplo O ÍNDICE BRASIL AMPLO (IBrA) BM&FBOVESPA  tem por objetivo oferecer uma visão ampla do mercado acionário, medindo o comportamento das ações de todas as  empresas listadas na BM&FBOVESPA que atendam a seus critérios de inclusão. São incluídas na carteira do índice as ações que, com base nos 12 meses anteriores, índices de negociabilidade somados representem 99% do valor acumulado de todos os índices individuais e que estejam presentes mais 95% dos pregões no período. Atualmente é composto por 140 ações, dentre as quais destacam-se: PETR4, ITUB4, VALE5, BBDC4, AMBV4, PETR3
MLCX Índice Mid-Large Cap O Índice Mid Large mede o retorno de uma carteira composta pelas empresas listadas de maior capitalização. Fazem parte deste índice as empresas que, em conjunto, representarem 85% do valor de mercado total da Bolsa. Atualmente é composto por 72 ações, dentre as quais destacam-se: PETR4, ITUB4, VALE5, BBDC4, AMBV4, PETR3
IBrX Índice Brasil O IBrX - Índice Brasil é um índice de preços que mede o retorno de uma carteira teórica composta por 100 ações selecionadas entre as mais negociadas na BOVESPA, em termos de número de negócios e volume financeiro. Principais ações: PETR4, ITUB4, VALE5, BBDC4, AMBV4, PETR3
IBrX 50 Índice Brasil 50 O IBrX-50 é um índice que mede o retorno total de uma carteira teórica composta por 50 ações selecionadas entre as mais negociadas na BM&FBOVESPA em termos de liquidez, ponderadas na carteira pelo valor de mercado das ações disponíveis à negociação. Principais ações: PETR4, ITUB4, VALE5, BBDC4, AMBV4, PETR3
IBOVESPA Índice BOVESPA O Índice Bovespa é o mais importante indicador do desempenho médio das cotações do mercado de ações brasileiro. Respondem por mais de 80% do número de negócios e do volume financeiro verificados no mercado à vista (lote-padrão) da BM&FBOVESPA. Atualmente é composto por 69 ações, dentre as quais destacam-se: VALE5, PETR4, OGXP3, ITUB4, PDGR3, BBDC4, BVMF3, BBAS3, VALE3, GGBR4
UTIL Índice Utilidade Pública O Índice Utilidade Pública mede o comportamento das ações das empresas representativas do setor de utilidade pública (energia elétrica, água e saneamento e gás). Atualmente é composto por 20 ações, dentre as quais destacam-se: CMIG4, SBSP3, TBLE3, CPFE3, CMIG3
IEE Índice de Energia Elétrica O Índice de Energia Elétrica (IEE) foi lançado em agosto de 1996 com o objetivo de medir o desempenho do setor de energia elétrica. Atualmente é composto por 16 ações: TAEE11, TBLE3, ELET3, TRPL4, EQTL3, MPXE3, CPLE6, ENBR3, LIGT3, COCE5, GETI4, CLSC4, ELPL4, CESP6, CPFE3, CMIG4