quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Análise Técnica: teoria dos ciclos, ondas de Elliott, números Fibonacci, análise intermercados

Teoria dos ciclos é o estudo de processos que ocorrem em ciclos, como muitos fenômenos naturais tendem a acontecer. Alguns analistas técnicos aplicam a teoria de ciclos para os mercados financeiros, na tentativa de identificar os ciclos de preços.

Alguns dos períodos de ciclo analisados por analistas técnicos são os:

  • ciclos de 54 anos, chamados de onda de Kondratieff (K wave): economias capitalistas ocidentais tem um ciclo de 54 anos. Nikolai D. Kondratieff  foi um economista – da época da Rússia comunista – que notou um ciclo de aproximadamente 50 anos nos preços das commodities agrícolas europeias e nos preços do cobre.
  • ciclos de 18 anos (mais comumente utilizados em mercados imobiliários).
  • padrões decenais ou ciclos de 10 anos: padrão de retornos médios do mercado de ações discriminado em função do último dígito do ano (anos terminados em zero tem a pior performance, anos terminados em cinco tem os melhores desempenhos).
  • ciclos de 4 anos presidenciais relacionadas com os anos de eleições nos Estados Unidos (ciclos eleitorais): o terceiro ano do mandato (ano anterior as eleições) mostram melhor performance. A razão para tal fato seria que os políticos que concorrem a reeleição tentam estimular a economia em uma tentativa de ganhar a reeleição.

Uma das teorias de ciclos mais desenvolvidas é a teoria das ondas de Elliott. A teoria das ondas de Elliott é baseada na crença de que os preços do mercado financeiro podem ser descritos por um conjunto articulado de ciclos, os mercados movem-se de forma regular e em ondas ou ciclos repetidos. Os períodos do ciclo variam desde alguns minutos (um ciclo "subminuette") até séculos (um "Grand Supercycle").

Ondas referem-se a padrões gráficos associados com a teoria das ondas de Elliott. Em uma prevalência de tendência de alta, movimentos ascendentes nos preços consistem em cinco ondas (ondas impulsivas: onda 1 para cima, onda 2 para baixo, onda 3 para cima, onda 4 para baixo, onda 5 para cima) e movimentos para baixo ocorrem em três ondas (ondas corretivas: onda a para baixo, onda b para cima, onda c para baixo). Se a tendência predominante é de baixa, o movimento para baixo tem cinco ondas e movimentos ascendentes têm três ondas. Cada uma dessas ondas, por sua vez, é composta de ondas menores da mesma forma geral.



Todas as ondas podem ser categorizadas por seu tamanho relativo, ou grau. Elliott difere nove graus de ondas, desde o menor (horas ou minutos) para o maior ciclo (séculos). Elliott escolheu os seguintes nomes para rotular estes graus, a partir do maior para o menor: Grande Superciclo, Superciclo, Ciclo, Ciclo Primário, Ciclo Intermediário, Ciclo Menor, Ciclo Minute, Ciclo Minuette, Ciclo Subminuette.

Os tamanhos destas ondas são pensados para corresponder com relações de Fibonacci. Números de Fibonacci fazem parte da sequência começando com 0 e 1, em seguida, adicionando cada um dos dois números anteriores para produzir o próximo número (0, 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34 e assim por diante). A teoria das ondas de Elliott acredita que a razão de números de Fibonacci é útil para estimar metas de preço. Por exemplo, uma perna para baixo pode ser de 1/2 ou 2/3 do tamanho de uma perna para cima, ou um preço-alvo pode ser 13/8 da alta anterior. A razão de números de Fibonacci consecutivas converge para 0,618 e 1,618. Estes dois valores são comumente usados para projetar metas de preço.



Análise intermercados é a análise de mais de uma classe de ativos relacionados ou do mercado financeiro para determinar a força ou a fraqueza dos mercados financeiros ou classes de ativos a ser considerada. Em vez de olhar para os mercados financeiros ou classes de ativos em uma base individual, este tipo de análise examina vários mercados fortemente correlacionados ou classes de ativos, como ações, títulos, commodities e moedas. O Índice de Força Relativa (descrito anteriormente) é uma ferramenta útil para determinar quais classes de ativos estão superando outras. Depois de identificar as classes de ativos atraentes, o analista pode aplicar a análise de força relativa para identificar quais ativos dentro dessas classes estão superando outros. Esta abordagem também é útil para comparar o desempenho relativo de setores do mercado de ações e de vários mercados internacionais.

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