A
tendência de baixa para Petrobras parece que realmente veio para ficar. Assim
como o caos verificado em 24 de agosto de 2015, a segunda-feira negra de 2015
na China, esta primeira semana de 2016 também foi tenebrosa, com fortes quedas
nas bolsas da China e ao redor do mundo, em decorrência da perspectiva negativa
quanto ao desempenho da economia chinesa, além de tesões geopolíticas tanto no
Oriente Médio (basicamente pela forte tensão entre Irã e Arábia Saudita) como
também pelos testes nucleares efetuados pela Coreia do Norte. Neste sentido, as
cotações do barril do Petróleo – tanto o WTI na NYMEX quanto o Brent na ICE – estão
em torno de US$ 34 por barril, tendo atingido US$ 32.10 por barril na mínima da
semana, menor nível desde o final de 2008, início de 2009.
As
condições econômicas globais estão se deteriorando com a redução do ritmo de
crescimento da China, além do fraco desempenho na América Latina puxado pela retração
significativa do Brasil e da Venezuela. O impacto negativo vindo praticamente
de todos os lados – especialmente por parte dos emergentes, fará com que a
economia global cresça em um ritmo mais lento, aliados a novas fontes
alternativas de energia e a intenção da Arábia Saudita em não mudar sua atual
política de produção de Petróleo e ainda está disposta a atender qualquer demanda adicional
de seus clientes – traz uma perspectiva
de manutenção ou mesmo baixa dos preços do Petróleo, e caso aconteça alguma
mudança de cenário e perspectiva não deve superar muito os US$ 40 por barril.
Neste
sentido, voltando as análises efetuadas em 24 de agosto de 2015 e em 29 de
setembro de 2015, conforme comentado no artigo “Caos no mercado financeiro nesta
segunda-feira! Veremos a Petrobras recuar ainda mais e ficar abaixo de R$
8,00?”
(http://gestaofinanceirapersonalizada.blogspot.com.br/2015_08_01_archive.html),
quando a cotação da PETR4 estava em R$ 8,30, verificamos que o gráfico mostrava o rompimento de um triângulo descendente, indicando continuação de tendência
de queda. A cotação máxima da PETR4 foi de R$ 41,17, em maio de 2008, e apresentou um
forte suporte a R$ 12,85, uma queda de 68,8% [gráfico 1: rompimento do triângulo descendente (linhas vermelha e verde), indicando
continuação de tendência de queda]. Projetando o mesmo percentual de queda para
o antigo suporte (que passou a ser resistência) de R$ 12,85, verifica-se que a
cotação pode chegar a R$ 4,01, sim, apenas quatro reais, o que é extremamente
pertinente (mas deixaremos este valor apenas como referência, visto que ainda
existe um longo caminho para atingir este fundo, se é que realmente chegará em
um futuro próximo). Utilizando Fibonacci, os objetivos seriam R$ 7,94, R$ 6,42 e R$ 4,91. O que se confirmou naquele dia. Em 24 de agosto
de 2015 a PETR4 rompeu o primeiro suporte (R$ 7,94) e fechou a R$ 7,76, tendo
atingido a mínima de R$ 7,53.
Conforme
análise efetuada em 29 de setembro de 2015, “Ações da Petrobras caem 5,57% e
fecham a R$ 6,44. Qual será o fundo do poço?”
(http://gestaofinanceirapersonalizada.blogspot.com.br/2015/09/acoes-da-petrobras-caem-557-e-fecham-r.html), no dia 28 de setembro de 2015 a PETR4 fechou na mínima a R$ 6,44, bem próximo ao nível de suporte considerado de R$ 6,42. Apesar do Petróleo estar em alta de quase 2% naquela terça-feira, 29 de setembro de 2015, a tendência era que nos próximos pregões o nível de suporte fosse rompido e os próximos alvos (suportes) seriam: R$ 6,37 (mínima de setembro de 2003), R$ 6,24 (mínima de agosto de 2003) e R$ 6,07 (máxima de junho de 2003).
(http://gestaofinanceirapersonalizada.blogspot.com.br/2015/09/acoes-da-petrobras-caem-557-e-fecham-r.html), no dia 28 de setembro de 2015 a PETR4 fechou na mínima a R$ 6,44, bem próximo ao nível de suporte considerado de R$ 6,42. Apesar do Petróleo estar em alta de quase 2% naquela terça-feira, 29 de setembro de 2015, a tendência era que nos próximos pregões o nível de suporte fosse rompido e os próximos alvos (suportes) seriam: R$ 6,37 (mínima de setembro de 2003), R$ 6,24 (mínima de agosto de 2003) e R$ 6,07 (máxima de junho de 2003).
E
o prognóstico das análises foi concretizado na quinta-feira, 07 de janeiro
de 2016, com mínima de R$ 6,08 e preço
de fechamento R$ 6,26 (praticamente
iguais aos alvos indicados). Caso os próximos movimentos sejam de alta bons objetivos
poderiam ser R$ 6,59, R$ 6,97 e R$ 7,35 (podendo incluir conservadoramente os R$ 6,37 e R$ 6,44).
Caso os próximos movimentos sejam de baixa os objetivos seriam R$ 5,65, R$ 5,13
e R$ 4,91. A tendência de médio prazo ainda aparenta ser de baixa, porém com alguns
repiques de alta como o que acontece na manhã desta sexta-feira, 08 de janeiro
de 2016. Uma boa fonte de dados como guia para os suportes e resistências
atuais para a PETR4 são os anos de 2003 e 2004. Vale observar também que os
preços do Petróleo e a cotação do dólar (USD/BRL) são essenciais quando da
análise dos preços das ações da Petrobras.
Gráfico
1. Rompimento do triângulo descendente (linhas vermelha e verde), indicando
continuação de tendência de queda (análise efetuada em 24 de agosto de 2015)
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Gráfico
2. Gráfico mais recente (08 de janeiro de 2016), com Bandas de Bollinger e IFR
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Gráfico
3. Suportes e resistências: Gráfico 2003 e 2004
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