Os
cinco melhores retornos do Índice BOVESPA foram: Fibria (FIBR3), alta de
71,44%, Suzano Papel e Celulose (SUZB5), retorno de 68,77%, Klabin (KLBN11),
alta de 64,05%, Braskem (BRKM5), +57,71%, e Raia Drogasil (RADL3), alta de
42,23%. Das cinco ações que apresentaram melhor desempenho em 2015, três são do
setor de papel e celulose, são exportadoras e beneficiaram-se com a alta do
dólar e com o aumento do preço médio em dólares da celulose em torno de 3%. Os
cinco piores resultados do Índice BOVESPA foram: Bradespar (BRAP4), com queda
de 61,38%, Rumo Log (RUMO3), retração de 64,37%, Usiminas (USIM5), retorno
negativo de 69,14%, Oi S/A (OIBR4), queda de 73,77% e Metalúrgica Gerdau (GOAU4),
queda de 85,08%, afetados basicamente pela depreciação do Real e pelo alto endividamento,
em especial em moeda estrangeira. Ressalta-se que a PDG Realty (PDGR3), do setor
imobiliário, apresentou retorno ainda pior que a ação GOAU4, com queda de
95,82%, em 2015, mas a PDGR3 não faz parte do Índice BOVESPA.
Um
pouco sobre quem são as empresas que tiveram os melhores e piores desempenhos
do IBOVESPA em 2015.
FIBR3 (+71,44%)
A
Fibria Celulose S.A. é resultado da
incorporação da Aracruz Celulose pela Votorantim Celulose e Papel, em 2009, e é
uma das líderes mundiais em celulose de mercado. A Fibria tem como atividade
preponderante o plantio de florestas renováveis e sustentáveis e a
industrialização e o comércio de celulose branqueada de eucalipto. A Fibria
opera em um único segmento operacional relacionado à industrialização e o
comércio de celulose de fibra curta. A produção de celulose branqueada é
realizada apenas a partir de árvores de eucalipto resultando em uma variedade
de madeira dura de alta qualidade, com fibras curtas, geralmente melhor
adequadas à fabricação de papel sanitário, papel revestido e não revestido para
impressão e escrita. São utilizadas energias térmica e elétrica no processo
produtivo, que são substancialmente provenientes de geração própria e inclui
licor negro, biomassa derivada de descasque de madeira, lascas e resíduos. Os
principais insumos e matérias primas utilizados pela Fibria em seu processo
produtivo são: madeira, energia, produtos químicos e água. A Fibria exporta
aproximadamente 90% de sua produção. De acordo com o Release Resultados 4T15, o preço médio líquido da Fibria em dólar
subiu 7%. Adicionalmente, a valorização do dólar médio frente ao real
contribuiu para o excelente desempenho da FIBR3 em 2015, que viu sua receita
líquida subir 42% em reais (R$ 10,081 bilhões em 2015 e R$ 7,084 bilhões em
2014), mesmo com a queda de 4% do volume vendido. Em 31 de dezembro de 2015, a
estrutura de capital da empresa era de 56,5% de capital de terceiros e 43,5% de
capital próprio. A dívida bruta encerrou 2015 em R$ 12,744 bilhões,
correspondente a US$ 3,264 bilhões, que representa um aumento de 4% em dólar
quando comparado ao saldo de 2014, como resultado das captações ocorridas no
período para a execução do Projeto Horizonte 2 (expansão da unidade de Três
Lagoas (MS)). De fato negativo, ressalta-se que 90% da dívida bruta da Fibria é
em moeda estrangeira e, neste sentido, o resultado financeiro líquido negativo em
2015 foi 125% pior que em 2014, saindo de R$ 1,635 bilhão em 2014 para R$ 3,685
bilhões em 2015, resultado da variação cambial líquida negativa de R$ 2,507 bilhões
em 2015 (R$ 722 milhões em 2014), juros e outras despesas financeiras de R$ 570
milhões em 2015 (R$ 1,041 bilhão em 2014), instrumentos financeiros derivativos
R$ 830 milhões (ante R$ 6 milhões em 2014), reduzidos por receitas financeiras
de R$ 222 milhões em 2015 (R$ 134 milhões em 2014). Como resultado, a Companhia
apurou um lucro líquido de R$ 357 milhões em 2015, aumento de 119% comparativamente
ao ano de 2014 (R$ 163 milhões).
SUZB5 (+68,77%)
A Suzano Papel e Celulose S.A. atua na
manufatura e comercialização, no Brasil e no exterior, de papel e de celulose
de fibra curta de eucalipto, assim como também na formação e exploração de
florestas de eucalipto. Sua linha de produtos de papel inclui papel e papelão
revestido, não-revestido e cortado, vendido a 86 países. A Suzano exporta
aproximadamente 86% de sua produção. Segundo o Release Resultados 3T15, o preço líquido médio em dólar da celulose
subiu 3,4% no terceiro trimestre de 2015 (3T15) em comparação ao segundo
trimestre de 2015 (2T15) e 11,9% em 12 meses (3T15 em comparação ao 3T14). Já o
preço líquido médio em Reais aumentou 19,4% no trimestre (3T15 / 2T15) e 74,5%
em doze meses (3T15 / 3T14). Em doze meses as exportações aumentaram em 26,2%
em volume e a receita líquida aumentou 84,3% em Reais. O mercado interno também
apresentou variação positiva, tendo aumentado 3,3% em volume e a receita
líquida em Reais aumentou 80,3%. Desta forma, a receita líquida total aumentou
50,8%. A evolução da receita líquida de celulose é explicada pelo aumento do
preço lista em dólares, combinado com a desvalorização do Real e pelo maior
volume de vendas. Em 30 de setembro de 2015, a estrutura de capital da empresa era
de 68,5% de capital de terceiros e 31,5% de capital próprio. De fato negativo,
ressalta-se que 66% da dívida bruta da Suzano era em moeda estrangeira e, neste
sentido, o resultado financeiro líquido negativo em 2015 foi 401% pior que em
2014 (nos primeiros nove meses de cada ano, 9M15 e 9M14), saindo de despesas financeiras
líquidas no montante de R$ 857 milhões em 2014 para R$ 4,293 bilhões em 2015, basicamente
resultado da variação cambial no período. Tal fato implicou em prejuízo de R$ 1,266
bilhão em 2015 (9M15) em comparação ao prejuízo de R$ 64 milhões em 2014 (9M14).
KLBN11 (+64,05%)
A Klabin S.A. atua principalmente na produção, exportação e reciclagem de
papel. A empresa é estruturada em três unidades de negócio: silvicultura,
responsável pela venda e suprimento de sementes de pinheiro e de eucalipto,
como também toras de florestas plantadas; papel, que atua na produção e
fornecimento de papelão revestido, papel de embalagem, papel reciclado e papel kraft; e conversão, envolvida na
fabricação e suprimento de papel ondulado, caixas de papelão ondulado, sacos
industriais e outras caixas e embalagens. De acordo com o Release Relatório Trimestral - 3T15, a receita líquida, incluindo
madeira, atingiu R$ 1,446 bilhões no 3T15, com crescimento 13% em relação ao
3T14, influenciada especialmente pela depreciação do real em relação ao dólar
na comparação entre os períodos, que elevou as receitas na parcela destinada ao
mercado externo. A receita líquida proveniente das vendas ao mercado externo
cresceu 53% na comparação com o 3T14 e representou 33% do total, total, contra
24% observado no mesmo trimestre do ano anterior. Em 30 de setembro de 2015, a
estrutura de capital da empresa era de 80,2% de capital de terceiros e 19,8% de
capital próprio. O endividamento bruto em 30 de setembro de 2015 era de R$ 17,524
bilhões, aumento de R$ 4,140 bilhões se comparado ao final do 2T15, devido
principalmente ao grande impacto da variação cambial sobre a parcela da dívida
em moeda estrangeira, que por si só foi responsável por R$ 2,6 bilhões deste
aumento, além das novas captações de recursos para fazer frente aos desembolsos
do Projeto Puma (nova fábrica de celulose). Da dívida total, R$ 11,793 bilhões,
ou 67% (US$ 2.968 milhões) são denominados em dólar, substancialmente
pré-pagamentos de exportação. O resultado financeiro líquido negativo em 2015 foi
de R$ 3,673 bilhões ante R$ 195 milhões em 2014 (nos primeiros nove meses de
cada ano, 9M15 e 9M14), basicamente resultado da variação cambial no período.
Tal fato impactou o resultado e implicou em prejuízo de R$ 1.774 bilhão em 2015
(9M15) contra lucro de R$ 858 milhões em 2014 (9M14).
BRKM5 (+57,71%)
A
Braskem S.A. tem como objeto social a importação e exportação de produtos
químicos, petroquímicos, combustíveis, a produção, distribuição e
comercialização de utilidades tais como, vapor, água, ar comprimido, gases
industriais, assim como a prestação de serviços industriais, a produção,
distribuição e comercialização de energia elétrica para seu consumo próprio e
de outras empresas, além da participação em outras sociedades como sócia ou
acionista. A Braskem é uma fabricante de resinas termoplásticas no mundo todo
e, no Brasil, de etileno, polietileno e polipropileno. A Braskem produz um
portfólio diversificado de produtos petroquímicos e termoplásticos e foca em polyvinyl chlorid, o PVC. As operações
de negócio consistem de quatro unidades de negócio de produção e de uma unidade
de negócios de distribuição. As unidades de negócio incluem a Basic
Petrocheffmicals, Polyolefins, Quattor, Vinyls, Braskem America e Chemical
Distribution. De acordo com o Release
Resultados do 3T15, a receita líquida consolidada da Braskem foi de US$ 3,7
bilhões, queda de 2% em relação ao 2T15. Em reais, a receita alcançou R$ 13,2
bilhões, alta de 14%, principalmente impactada pela depreciação média do real
de 15% entre os períodos. Excluindo da análise a revenda de nafta/condensado, a
receita do trimestre apresentou queda de 3% em dólares e alta de 12% em reais.
Na comparação com o 3T14, a receita líquida consolidada em dólares foi 28%
inferior, refletindo o menor patamar dos preços de petroquímicos no mercado
internacional em função do novo cenário de preços de petróleo e nafta, a
principal matéria-prima utilizada pelo setor. Quando medida em reais,
apresentou alta de 12%. A depreciação média do real de 56% entre os períodos
compensou o menor patamar de preços internacionais. A receita com o mercado
externo, excluindo a revenda de nafta/condensado, totalizou US$ 1,6 bilhão no
3T15, crescimento de 2% na comparação com o trimestre anterior, decorrente
principalmente do aumento de 22% no volume de exportações de resinas e de 35% nos
principais petroquímicos básicos. Na comparação com o mesmo período de 2014,
houve uma queda de 20%, em função do menor patamar de preços de resinas e
petroquímicos básicos no mercado internacional, acima explicado. A Braskem
exporta aproximadamente 40% de sua produção. A estrutura de capital da empresa era
de 97,3% de capital de terceiros e 2,7% de capital próprio, em 30 de setembro
de 2015. A Braskem registrou lucro líquido de R$ 1,482 bilhão no 3T15 e R$ 2,740
bilhões no acumulado do ano (9M15), em 2014 o lucro líquido foi de R$ 230
milhões (3T14) e R$ 750 milhões (9M14). Em ambos os casos, o resultado foi
positivamente influenciado pelo bom desempenho operacional e pela adoção da
contabilidade de hedge, que melhor
traduz os efeitos da variação cambial dos passivos em dólar no resultado da
Companhia. Caso a contabilidade de hedge
não tivesse sido adotada, a Companhia teria registrado prejuízo de R$ 3,294 bilhões
em função da depreciação do real em 28% na comparação com o trimestre anterior.
No acumulado do ano, este prejuízo teria sido de R$ 4,422 bilhões em função da
depreciação do real em 50% no período.
RADL3 (+42,23%)
A
Raia Drogasil S.A. tem como atividade básica o comércio varejista de medicamentos,
perfumarias, produtos de higiene pessoal e beleza, cosméticos e
dermocosméticos, através de uma rede de farmácias com 1.177 lojas em operação
(em setembro de 2015), criada a partir da fusão da Droga Raia com a Drogasil,
em agosto de 2011. De acordo com o Release
Divulgação de Resultados 3T15, a Raia Drogasil atingiu uma participação
nacional comparável de mercado média de 10,0% (3T15), um incremento de 0,8
ponto percentual sobre o 3T14. O principal destaque foi São Paulo, onde atingiu
uma participação de 22,3% com ganho de participação de 1,8 ponto percentual,
alavancado pelo crescimento orgânico e pela recuperação progressiva de uma das
marcas. A receita bruta da Raia Drogasil foi de R$ 2,388 bilhões no terceiro
trimestre de 2015, um incremento de 20,0% em relação ao 3T14. No mesmo período,
o mercado farmacêutico brasileiro cresceu 14,8% (8,2% em unidades), segundo o
IMS Health. Perfumaria foi o destaque do trimestre, registrando um crescimento
de 22,1%, um incremento de 0,5 ponto percentual no mix de vendas sobre o 3T14. Tanto OTC (Over the Counter – produtos relacionados à saúde e bem-estar que
não precisam de prescrição médica para ser vendido) quanto medicamentos de
marca cresceram 19,7%, reduzindo suas participações em 0,1 ponto percentual,
enquanto os medicamentos genéricos cresceram 16,9%, reduzindo a sua
participação em 0,3 ponto percentual. Ressalta-se o clima anormalmente quente
no trimestre de 2015, que impulsionou a venda de perfumaria às custas das
demais categorias, em especial de OTC e de Genéricos, que tem em antibióticos
uma das suas principais classes terapêuticas. A margem bruta foi de 28,9%
(3T15), um incremento de 1,0 ponto percentual quando comparado ao 3T14. Os
principais vetores de crescimento da margem bruta foram as melhorias
estruturais nas condições comerciais, as compras de oportunidade, os ajustes
táticos de preços e também a redução nas perdas de inventário, que contribuíram
para um incremento de aproximadamente 0,7 ponto percentual na margem bruta.
Adicionalmente, o Ajuste a Valor Presente incrementou a margem bruta em 0,3
ponto percentual, refletindo os aumentos nas taxas de juros e nos dias de
fornecedores quando comparados ao ano anterior. Em 30 de setembro de 2015, a
estrutura de capital da empresa era de 40,9% de capital de terceiros e 59,1% de
capital próprio. O endividamento bruto totalizou R$ 255 milhões, composto
integramente por linhas de crédito do BNDES. Do endividamento total, 63,0% é de
longo prazo e 37,0% refere-se às parcelas de curto prazo desta dívida de longo
prazo. As despesas financeiras líquidas vêm mantendo a média de 0,6% da receita
líquida desde o 4T14. Após o custo dos produtos vendidos (com média entre 69% e
71% da receita líquida), as despesas com vendas representam o maior grupo de
despesas com médias que variaram de 18,2% a 18,8% da receita líquida entre o 3T14
e o 3T15. O lucro líquido ajustado totalizou R$ 95,0 milhões (3T15), um
incremento de 18,0% quando comparado ao mesmo período do ano anterior (3T14). A
margem líquida ajustada foi de 4,0% no terceiro trimestre de 2015, em linha com
o ano anterior. O lucro líquido nos nove primeiros meses de 2015 foi de R$ 263
milhões (9M15), ante R$ 159 milhões em 2014 (9M14), um aumento de 65%.
BRAP4
(-61,38%)
A
Bradespar S.A. tem por objeto social
a participação como sócia ou acionista em outras sociedades. Como Companhia de
investimentos, a Bradespar tem sua receita operacional originada do resultado
de equivalência patrimonial, dividendos e juros sobre o capital próprio
recebidos da Valepar/VALE, juros das ações resgatáveis recebidos da Valepar e
dividendos e juros sobre o capital próprio recebidos da CPFL Energia. Segundo o
Release Informe aos Investidores
3T15, a Bradespar, no 3º trimestre de 2015, registrou receita operacional
negativa de R$ 242,7 milhões, composta por R$ 248,7 milhões de equivalência
patrimonial negativa da Valepar/VALE e R$ 6,0 milhões de juros das ações
resgatáveis recebidos da Valepar. No acumulado dos primeiros nove meses de
2015, registrou receita operacional negativa de R$ 504,9 milhões, em função do
resultado de R$ 529,5 milhões de equivalência patrimonial negativa advindo da
Valepar/VALE e R$ 24,6 milhões de juros das ações resgatáveis recebidos da
Valepar. Destaca-se que o resultado de equivalência patrimonial advindo da
Valepar/VALE, no 3º trimestre de 2015, foi afetado, principalmente, pela
depreciação do Real frente ao dólar americano. Ressalte-se que a VALE anunciou um
trimestre de excelente desempenho operacional, com a produção de minério de
ferro alcançando 88,2 milhões de toneladas, a maior produção trimestral da sua
história, empreendeu esforços no corte de custos, disciplina na alocação de
capital e foco no core business,
resultando em maiores volumes de vendas, reforçando assim suas bases de geração
de valor e seu compromisso com a busca de melhores resultados para seus
acionistas. Entretanto, com o ambiente desafiador atual, o que inclui a redução
dos preços das commodities e
depreciação do Real, os resultados foram negativos. Em 30 de setembro de 2015,
a estrutura de capital da empresa era de 14,6% de capital de terceiros e 85,4%
de capital próprio.
RUMO3
(-64,37%)
A
Rumo Operadora Logística Multimodal S.A.
é resultado da fusão entre a Rumo e a ALL (antiga América Latina
Logística), concluída em 2015. É atualmente a maior operadora logística com
base ferroviária independente da América Latina, oferecendo uma ampla gama de
serviços de logística com operações de transporte intermodal door-to-door domésticas e
internacionais, carregamento e entrega local, terminal portuário e serviços de
armazenagem, incluindo inventário e gestão de centros de distribuição. A
principal área de atuação se estende sobre os Estados de Mato Grosso e São Paulo
e os estados da região sul do Brasil. A rede ferroviária abrange uma área
responsável por aproximadamente 80% do PIB do Brasil, onde quatro dos portos
mais ativos no país estão localizados e através do qual a maior parte da
produção de grãos do Brasil é exportada. Contudo, segundo as Demonstrações
Financeiras Intermediárias de 30 de setembro de 2015, a RUMO apresentou um
capital circulante líquido consolidado negativo de R$ 1,735 bilhão. Em
compensação, apresentou uma geração líquida de caixa operacional consolidada de
R$ 1,099 bilhão e efetuou investimentos em modernização de sua frota e melhoria
da malha ferroviária no montante de R$ 890 milhões, em linha com o seu plano de
negócios. Adicionalmente, de acordo com o Release
Relatório de Resultados 3T15, a RUMO apresentou prejuízo de R$ 43,7 milhões no
terceiro trimestre de 2015 e alavancagem de 4,85x dívida liquida/EBITDA LTM. O
resultado líquido foi afetado por (i) maiores custos e despesas operacionais
pela adoção das novas políticas contábeis e (ii) maiores despesas financeiras
pela elevação dos saldo médio e custos de endividamento em linha com as
elevações das taxas médias de juros (CDI e TJLP) entre os períodos. Entretanto,
apesar dos números, a Administração da Companhia entende que o uso do
pressuposto da continuidade operacional é adequado. Em 30 de setembro de 2015,
a estrutura de capital da empresa era de 81,4% de capital de terceiros e 18,6%
de capital próprio.
USIM5
(-69,14%)
A
Usiminas (Usinas Siderúrgicas de
Minas Gerais S.A.) tem como principal objeto a exploração da indústria
siderúrgica e outras atividades correlatas, como extração de minério de ferro,
transformação do aço, fabricação de bens de capital e logística. Conta
atualmente com duas usinas siderúrgicas com capacidade nominal de produção de
9,5 milhões de toneladas por ano, localizadas nas cidades de Ipatinga, Estado
de Minas Gerais e Cubatão, Estado de São Paulo, além de reservas de minério de
ferro, centros de serviços e distribuição, portos marítimos e terminais de
cargas, estrategicamente localizados em diversas cidades brasileiras. Fornece
seus produtos para os segmentos da construção civil e de eletrônicos, assim
como também para os segmentos de construção naval, tubos, eletrodomésticos,
embalagens, máquinas e equipamentos, automóveis e peças para automóveis. Produz
chapas grossas, tiras a frio, tiras a quente, revestidos e outros produtos
relacionados. A empresa exporta seus produtos para a China, Colômbia, Chile,
Tailândia, Estados Unidos e Argentina. Segundo o Release Divulgação de Resultados do 3T15, nos primeiros 9 meses de
2015 o volume de vendas de aço caiu 14% e o de minério teve queda de 30%, o que
fez com que a receita líquida do período caísse 15% e o lucro bruto apresentou
queda de 76% (em comparação ao mesmo período de 2014). Já o lucro líquido saiu
de um resultado positivo de R$ 326 milhões nos três primeiros trimestre de 2014
(9M14) para um prejuízo de R$ 2,058 bilhões nos três primeiros trimestre de
2015 (9M15). Até setembro de 2015 as exportações representaram 21% da receita
líquida (14% no mesmo período de 2014). No 3T15, a receita líquida foi de R$ 2,4
bilhões, 9,4% inferior à do 2T15, que foi de R$ 2,7 bilhões, principalmente
devido à queda de 11,6% no volume de vendas de aço no mercado interno, que
representa produtos de maior valor agregado que na exportação, e à queda de 35,8%
no volume de vendas de minério de ferro. Em 30 de setembro de 2015, a estrutura
de capital da empresa era de 43,9% de capital de terceiros e 56,1% de capital
próprio. Adicionalmente, a parcela da dívida em moeda estrangeira representava
49% da dívida total no 3T15 e a Usiminas apresentou resultado financeiro negativo
de R$ 1,222 bilhão (9M15), dos quais R$ 913 milhões foram decorrentes de perdas
cambiais, em virtude da depreciação do Real no período.
OIBR3
(-73,77%)
A
Oi S/A tem como objeto social a
exploração de serviços de telecomunicações e atividades necessárias, ou úteis à
execução desses serviços, na conformidade das concessões, autorizações e
permissões que lhe forem outorgadas. É uma concessionária responsável pelo
Serviço Telefônico Fixo Comutado ("STFC") nas Regiões I e II do Plano
Geral de Outorgas ("PGO"), que abrange todos os estados da federação
exceto São Paulo, além do Distrito Federal. Os contratos de concessão têm
vigência até 31 de dezembro de 2025. Além disso, a Oi possui autorização da
ANATEL para a prestação de serviços de Telefonia Móvel ("SMP") em
todo o país. Completam ainda o portfólio da companhia os serviços de rede de
transporte e Backbone internacional,
transmissão de dados e TV por assinatura. Em 2009 assumiu o controle da Brasil
Telecom. Após a operação, a Brasil Telecom e outras empresas do grupo ainda negociavam
papéis distintos na BM&FBovespa, que a partir de 2012 foram consolidados em
apenas duas ações (OIBR3 e OIBR4). A receita líquida nos nove primeiros meses
de 2015 caiu 2,7% em relação ao mesmo período do ano anterior (R$ 20,6 bilhões
9M15, ante R$ 21,2 bilhões 9M14), em decorrência, basicamente, da redução na
receita de aparelhos em função da terceirização da operação de handsets e pela menor receita de uso de
rede com o corte de 33,3% nas tarifas reguladas de interconexão do serviço
móvel (VU-M) em fevereiro de 2015. A estrutura de capital da empresa era de
80,4% de capital de terceiros e 19,6% de capital próprio, em 30 de setembro de
2015. 76% dos empréstimos e financiamentos da empresa era em moeda estrangeira (42,2%
em Euro, 35,3% em dólar americano e 22,5% em Reais), em 30 de setembro de 2015.
O resultado financeiro líquido negativo aumentou 38% em relação a 2014 (R$ 4,5
bilhões 9M15, ante R$ 3,2 bilhões 9M14), devido ao aumento da dívida bruta (a
Oi realizou captações de recursos no exterior em 2015) – em consequência, maior
pagamento de juros – e devido a variação cambial do período. Neste sentido, a
Oi saiu de um lucro líquido de R$ 95 milhões nos 9M14 para um prejuízo de R$
1,883 bilhão nos 9M15.
GOAU4
(-85,08%)
A
Metalúrgica Gerdau S.A. é uma
empresa holding que controla direta ou indiretamente todas as empresas Gerdau
no Brasil e no exterior, com sede em Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul.
É líder no segmento de aços longos nas Américas e uma das principais
fornecedoras de aços especiais do mundo. No Brasil, também produz aços planos e
minério de ferro, atividades que estão ampliando: o mix de produtos oferecidos ao mercado e a competitividade das
operações. A Gerdau possui operações industriais em 14 países – nas Américas,
na Europa e na Ásia –, as quais somam uma capacidade instalada superior a 26
milhões de toneladas de aço por ano. Além disso, é a maior recicladora da
América Latina e, no mundo, transforma, anualmente, milhões de toneladas de
sucata em aço. A estrutura de capital da empresa era de 56,1% de capital de
terceiros e 43,9% de capital próprio, em 30 de setembro de 2015. Nos nove
primeiros meses de 2015 a Metalúrgica Gerdau vendeu 2,9% a menos de aço bruto
(em comparação ao mesmo período do ano anterior (9M15 / 9M14)) e reduziu a
produziu de aço bruto em 5,3%, devido à readequação dos níveis de estoques. Já
receita líquida em Reais aumentou 4,5% pelo efeito da variação cambial (de R$
31,7 bilhões, 9M14, para R$ 33,1 bilhões, 9M15). Em 30 de setembro de 2015,
11,6% da dívida bruta era de curto prazo e 88,4% de longo prazo. A dívida bruta
era composta por 20,5% em reais, 74,1% em dólar norte-americano e 5,4% em
outras moedas. O aumento da dívida bruta em R$ 8,5 bilhões de dezembro de 2014
para setembro de 2015 (R$ 21,5 bilhões, 4T14, R$ 30 bilhões, 3T15) deve-se,
principalmente, ao efeito da variação cambial do período. O resultado líquido
da Metalúrgica Gerdau saiu de lucro líquido de R$ 983 milhões em 2014 (9M14)
para um prejuízo líquido de R$ 1,788 bilhão em 2015 (9M15).
OBS: O autor do blog não se responsabiliza por
nenhuma operação que for ou vier a ser realizada por qualquer leitor baseados
nas informações aqui fornecidas, cabendo a eles, exclusivamente, a decisão de
adquirir ou alienar valores mobiliários e o eventual ônus ou retorno financeiro
decorrente de tal decisão. Qualquer decisão de compra ou venda de títulos e
valores mobiliários deverá ser baseada em informações públicas existentes sobre
os referidos títulos. Atenção ao investir em renda variável. O investidor deve
estar ciente de que rentabilidade passada não significa certeza de
rentabilidade futura.
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