A expectativa para o mês de agosto de 2012 é que o mercado de capitais, comumente representado no Brasil pelo IBOVESPA, mantenha a tendência de alta de julho de 2012 (alta de +3,21%, fechando em 56.097,05 pontos) e é provável que reverta as perdas acumuladas em 2012, que nos sete primeiros meses do ano alcançaram 1,16% (entre 13 de março de 2012, máxima de 2012, aos 68.394,33 pontos, e 31 de julho de 2012, o IBOVESPA acumulou perdas de aproximadamente 18% e reverteu a alta de 20,5% dos primeiros 72 dias do ano). Do período Lula até hoje (2003 em diante), a média de alta do mês de agosto é de 1,04%, com desvio-padrão de 5,90% (o que indica que existe uma alta probabilidade do IBOVESPA fechar agosto entre -4,85% e +6,94%). O prognóstico de alta do IBOVESPA deve-se basicamente a dois fatores. O primeiro refere-se aos fundamentos da economia global, que aparenta encaminhar-se para um cenário mais positivo em relação à crise europeia. Outro fator que leva a crer que a tendência do IBOVESPA é de alta é o rompimento da resistência de 57.700 pontos do IBOVESPA, superando o intervalo de 52.200 pontos a 57.700 pontos que estava sendo utilizado pelos players do mercado como referência para negociação.
Já em relação ao dólar a tendência é que ele continue se situando entre R$ 1,90 e R$ 2,20, nos próximos meses, dada a clara intenção do governo federal que o dólar não fique abaixo de R$ 1,90 e o Banco Central não pode deixar o dólar subir muito porque a inflação pipocaria (só para defender alguns poucos setores da economia). O mercado já está sentindo que as intervenções do governo federal para a desvalorização do real (simplificando, dólar mais caro perante o real) são prejudiciais a economia, fato este já pode ser comprovado pelo péssimo desempenho trimestral da Petrobras, que apresentou prejuízo de R$ 1,3 bilhão no segundo trimestre de 2012, que segundo relatório da empresa a alta do dólar foi determinante para o resultado negativo, por conta do endividamento e custos na moeda estrangeira (a empresa vem dando fortes indícios de aumentos e mais aumentos dos preços dos combustíveis). O aumento dos preços dos combustíveis influencia fortemente a inflação e pode causar grande constrangimento e problemas relacionados a estabilidade da economia. O Boletim Focus – Relatório de Mercado de 03 de agosto de 2012 já indica que o mercado está receoso e aponta para dólar a R$ 2,00 no final de 2012, além de aumento da inflação medida pelo IPCA para 5% no ano. Desta forma, mesmo verificando que o atual governo tem demonstrado interesse em atender setores específicos da economia por causas não bem conhecidas, o prognóstico para o dólar em agosto de 2012 é de queda em relação aos R$ 2,049 / USD do dia 31 de julho de 2012.
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