segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Efeito segunda-feira, correlação negativa entre dólar e IBOVESPA e expectativas do mercado para 2012

Principais bolsas do mundo em queda: Londres FTSE100 -0,26%; Alemanha DAX -0,50%; França CAC40 -0,27%; Itália MIB -0,11%; Japão Nikkei -0,07%; China Shanghai -1,99%; Hong Kong Hang Seng -0,27%. Estados Unidos: Dow Jones -0,57%; S&P 500 -0,54% e Nasdaq -0,34%. Exceções: Espanha IBEX35 +0,31%; India BSE Sensex +0,43%.

No Brasil, IBOVESPA em queda de 0,45% (aos 59.011,88 pontos) e dólar em alta de 0,73% (cotado em R$ 2,0284 / USD), às 14h. Tais fatos ratificam os argumentos do efeito segunda-feira e da forte correlação negativa entre Dólar e IBOVESPA, publicados neste blog.



O Boletim Focus do BCB - Relatório de Mercado de 10 de agosto de 2012 - indica que o mercado está mais pessimista em relação aos principais indicadores econômicos para 2012:

  • A inflação medida pelo IPCA é projetada em 5,11% em 2012 (ante 5,00% na semana passada), já a inflação medida pelo IGP-M deve alcançar 7,58% (ante 7,12% na semana passada). Ambos indicadores em alta, indicando que a queda dos juros combinada com o aumento dos combustíveis implicarão em inflação maior;
  • Dólar médio em R$ 1,94 e ao final de 2012 em R$ 2,00 / USD. Tal fato mostra claramente que o mercado está em linha com os meus comentários em 29 de junho e 07 de agosto de 2012, que o dólar não pode aumentar muito para a inflação não explodir e deve se situar entre R$ 1,90 e R$ 2,20. Nos próximos Boletins Focus a tendência é que continuem elevando a projeção pelo menos do dólar médio;
  • PIB estimado em 1,81% para 2012: tal mostra que o governo vem sendo ineficaz em relação às medidas adotadas [o corte dos juros básicos (taxa SELIC) está no caminho certo, mas o controle cambial aliado às práticas tendenciosas de escolher os setores da economia a serem beneficiados (intervencionismo estatal) e a corrupção, bem como a persistente manutenção da falta de competitividade – "cartel" – do setor bancário, implicam em menor PIB] e prova que a atual crise global nunca foi uma "marolinha" e sim a maior crise econômica após a Grande Depressão de 1929. Destaque negativo para queda de 1,00% da produção industrial em 2012.
De ponto positivo observa-se apenas a redução da Dívida Líquida do Setor Público para 35,20% do PIB, basicamente em virtude da queda dos juros básicos (taxa SELIC), para 8,00% ao ano, com expectativa de encerrar o ano em 7,25%.

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