terça-feira, 21 de agosto de 2012

Natura: retorno de aproximadamente 7% para NATU3?

Análise técnica NATU3

Com base no gráfico acima, verifica-se um nível de suporte em R$ 49,47, no dia 25 de julho de 2012, dia da divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2012 da Natura. Adicionalmente, verifica-se um nível de suporte a R$ 54,48, no dia 07 de agosto de 2012. Por volta das 15 horas de hoje, 21 de agosto de 2012, a cotação da NATU3 era de R$ 50,66. Verifica-se que NATU3 deve se situar entre R$ 49,47 e R$ 54,48 por algum tempo. Desta forma, estima-se retorno aproximado de 7% nos próximos dois meses em relação à cotação atual. 

Fatores fundamentalistas para aumento do preço das ações NATU3

No 2T12, a receita líquida consolidada da Natura foi de R$ 1.608,3 milhões, com evolução de 15,4% em relação ao 2T11. O EBITDA alcançou R$ 391,6 milhões (margem de 24,3%) com ampliação de 19,7% em comparação ao 2T11 (margem de 23,5%). O lucro líquido foi de R$ 215,1 milhões (margem líquida de 13,4%), avanço de 14,3% sobre o 2T11. No acumulado do 1S12, a receita líquida consolidada foi de R$ 2.884,1 milhões, com evolução de 13,6% em relação ao 1S11. O EBITDA alcançou R$ 663,7 milhões (margem de 23,0%), 12,2% superior ao 1S11 (margem de 23,3%) e o lucro líquido foi de R$ 366,6 milhões (margem líquida de 12,7%) com evolução de 8,3%. Tais fatos indicam que mesmo ante ao fraco desempenho da economia no primeiro semestre de 2012 a Natura conseguiu crescer com bastante robustez, demonstrando que o setor de cosméticos não está tão relacionado com o desempenho da economia como um todo, como era de pensar, principalmente devido ao acesso de novos consumidores das classes B, C e D a tal mercado.

Adicionalmente, verifica-se que a base de consultoras segue crescendo de forma robusta e sustentável, alcançando 1.506 mil consultoras, evolução de 16,2% em relação ao 2T11. No Brasil, a Natura começa a colher os resultados dos investimentos estratégicos realizados em logística e em tecnologia da informação, que buscam uma evolução relevante no nível de serviço, redução de custo e de emissão de carbono, além de otimização de estoques. No 2T12, já operou em patamares de serviço acima do padrão histórico e a empresa está confiantes na continuidade dessa evolução. O ciclo de vendas do Dia das Mães, com resultados acima das expectativas, também impactou positivamente as vendas do período. O índice de inovação foi de 67,9% no semestre (versus 61,1% no 1S11).


OBS: O autor do blog não se responsabiliza por nenhuma operação que for ou vier ser realizada por qualquer leitor baseados nas informações aqui fornecidas, cabendo a eles, exclusivamente, a decisão de adquirir ou alienar valores mobiliários e o eventual ônus ou retorno financeiro decorrente de tal decisão. Qualquer decisão de compra ou venda de títulos e valores mobiliários deverá ser baseada em informações públicas existentes sobre os referidos títulos. Atenção ao investir em renda variável. O investidor deve estar ciente de que rentabilidade passada não significa certeza de rentabilidade futura.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Dica: ITUB4: 11% em menos de 2 meses

As ações do Itaú (ITUB4) podem atingir um retorno de mais de 11% nos próximos 2 meses, nível de resistência (R$ 37,50), basicamente em virtude de:

  • Adequações de sua política de crédito (mais conservadora): com o contrato de associação com o Banco BMG, visando à oferta, distribuição e comercialização de créditos consignados e com a estratégia mais rígida principalmente para financiamentos de veículos); e
  • Possível melhora do cenário macroeconômico, tanto interno (com o efeito positivo da redução da taxa de juros básica Selic, que iniciou trajetória descendente a partir da reunião do COPOM em 31 de agosto de 2011 – o impacto real da redução da taxa de juros básicas da economia geralmente demora entre 6 e 12 meses a aparecer na economia), como melhora do cenário externo (possíveis desdobramentos positivos da crise europeia).

OBS: O autor do blog não se responsabiliza por nenhuma operação que for ou vier ser realizada por qualquer leitor baseados nas informações aqui fornecidas, cabendo a eles, exclusivamente, a decisão de adquirir ou alienar valores mobiliários e o eventual ônus ou retorno financeiro decorrente de tal decisão. Qualquer decisão de compra ou venda de títulos e valores mobiliários deverá ser baseada em informações públicas existentes sobre os referidos títulos. Atenção ao investir em renda variável. O investidor deve estar ciente de que rentabilidade passada não significa certeza de rentabilidade futura.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Efeito segunda-feira, correlação negativa entre dólar e IBOVESPA e expectativas do mercado para 2012

Principais bolsas do mundo em queda: Londres FTSE100 -0,26%; Alemanha DAX -0,50%; França CAC40 -0,27%; Itália MIB -0,11%; Japão Nikkei -0,07%; China Shanghai -1,99%; Hong Kong Hang Seng -0,27%. Estados Unidos: Dow Jones -0,57%; S&P 500 -0,54% e Nasdaq -0,34%. Exceções: Espanha IBEX35 +0,31%; India BSE Sensex +0,43%.

No Brasil, IBOVESPA em queda de 0,45% (aos 59.011,88 pontos) e dólar em alta de 0,73% (cotado em R$ 2,0284 / USD), às 14h. Tais fatos ratificam os argumentos do efeito segunda-feira e da forte correlação negativa entre Dólar e IBOVESPA, publicados neste blog.



O Boletim Focus do BCB - Relatório de Mercado de 10 de agosto de 2012 - indica que o mercado está mais pessimista em relação aos principais indicadores econômicos para 2012:

  • A inflação medida pelo IPCA é projetada em 5,11% em 2012 (ante 5,00% na semana passada), já a inflação medida pelo IGP-M deve alcançar 7,58% (ante 7,12% na semana passada). Ambos indicadores em alta, indicando que a queda dos juros combinada com o aumento dos combustíveis implicarão em inflação maior;
  • Dólar médio em R$ 1,94 e ao final de 2012 em R$ 2,00 / USD. Tal fato mostra claramente que o mercado está em linha com os meus comentários em 29 de junho e 07 de agosto de 2012, que o dólar não pode aumentar muito para a inflação não explodir e deve se situar entre R$ 1,90 e R$ 2,20. Nos próximos Boletins Focus a tendência é que continuem elevando a projeção pelo menos do dólar médio;
  • PIB estimado em 1,81% para 2012: tal mostra que o governo vem sendo ineficaz em relação às medidas adotadas [o corte dos juros básicos (taxa SELIC) está no caminho certo, mas o controle cambial aliado às práticas tendenciosas de escolher os setores da economia a serem beneficiados (intervencionismo estatal) e a corrupção, bem como a persistente manutenção da falta de competitividade – "cartel" – do setor bancário, implicam em menor PIB] e prova que a atual crise global nunca foi uma "marolinha" e sim a maior crise econômica após a Grande Depressão de 1929. Destaque negativo para queda de 1,00% da produção industrial em 2012.
De ponto positivo observa-se apenas a redução da Dívida Líquida do Setor Público para 35,20% do PIB, basicamente em virtude da queda dos juros básicos (taxa SELIC), para 8,00% ao ano, com expectativa de encerrar o ano em 7,25%.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

O que esperar do mês de agosto de 2012?

A expectativa para o mês de agosto de 2012 é que o mercado de capitais, comumente representado no Brasil pelo IBOVESPA, mantenha a tendência de alta de julho de 2012 (alta de +3,21%, fechando em 56.097,05 pontos) e é provável que reverta as perdas acumuladas em 2012, que nos sete primeiros meses do ano alcançaram 1,16% (entre 13 de março de 2012, máxima de 2012, aos 68.394,33 pontos, e 31 de julho de 2012, o IBOVESPA acumulou perdas de aproximadamente 18% e reverteu a alta de 20,5% dos primeiros 72 dias do ano). Do período Lula até hoje (2003 em diante), a média de alta do mês de agosto é de 1,04%, com desvio-padrão de 5,90% (o que indica que existe uma alta probabilidade do IBOVESPA fechar agosto entre -4,85% e +6,94%). O prognóstico de alta do IBOVESPA deve-se basicamente a dois fatores. O primeiro refere-se aos fundamentos da economia global, que aparenta encaminhar-se para um cenário mais positivo em relação à crise europeia. Outro fator que leva a crer que a tendência do IBOVESPA é de alta é o rompimento da resistência de 57.700 pontos do IBOVESPA, superando o intervalo de 52.200 pontos a 57.700 pontos que estava sendo utilizado pelos players do mercado como referência para negociação.


Já em relação ao dólar a tendência é que ele continue se situando entre R$ 1,90 e R$ 2,20, nos próximos meses, dada a clara intenção do governo federal que o dólar não fique abaixo de R$ 1,90 e o Banco Central não pode deixar o dólar subir muito porque a inflação pipocaria (só para defender alguns poucos setores da economia). O mercado já está sentindo que as intervenções do governo federal para a desvalorização do real (simplificando, dólar mais caro perante o real) são prejudiciais a economia, fato este já pode ser comprovado pelo péssimo desempenho trimestral da Petrobras, que apresentou prejuízo de R$ 1,3 bilhão no segundo trimestre de 2012, que segundo relatório da empresa a alta do dólar foi determinante para o resultado negativo, por conta do endividamento e custos na moeda estrangeira (a empresa vem dando fortes indícios de aumentos e mais aumentos dos preços dos combustíveis). O aumento dos preços dos combustíveis influencia fortemente a inflação e pode causar grande constrangimento e problemas relacionados a estabilidade da economia. O Boletim Focus – Relatório de Mercado de 03 de agosto de 2012 já indica que o mercado está receoso e aponta para dólar a R$ 2,00 no final de 2012, além de aumento da inflação medida pelo IPCA para 5% no ano. Desta forma, mesmo verificando que o atual governo tem demonstrado interesse em atender setores específicos da economia por causas não bem conhecidas, o prognóstico para o dólar em agosto de 2012 é de queda em relação aos R$ 2,049 / USD do dia 31 de julho de 2012.



quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Análise do mês de julho de 2012: mais um prognóstico correto!



No dia 29 de junho de 2012, comentei que para o mês de julho de 2012 em relação ao mercado de capitais o prognóstico era mais incerto, mas que eu acreditava sim que a tendência era de alta e estava mais clara, recuperando parte das perdas de mais de 17% que o IBOVESPA acumulava de fevereiro a junho de 2012. Do período Lula até hoje (2003 em diante), a média de alta do mês de julho era de 2,00%, com desvio-padrão de 6,09% (o que indica que existe uma alta probabilidade do IBOVESPA fechar julho entre -4,09% e +8,09%). Já em relação ao dólar comentei que ele se situaria entre R$ 1,90 e R$ 2,20, nos próximos meses, dada a clara intenção do governo federal que o dólar não fique abaixo de R$ 1,90 e o Banco Central não pode deixar do dólar subir muito porque a inflação pipocaria (só para defender alguns poucos setores da economia). Desta forma, para o mês de julho de 2012 eu acreditava em alta moderada do dólar.

De fato o que ocorreu foi:

IBOVESPA: +3,21%
Dólar: +1,41 (PTAX) e +1,95% (comercial)

Mais um prognóstico correto!