quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Confira as ações TOP10 2012: todas com mais de 100% de retorno

No Ano - 2012
# Ação Tipo Lucratividade (%)
Setor
Empresa
Nominal em US$
1 TELE NORT CL ON 235,7 216,3 Telecomunicações / Telefonia Móvel / Telefonia móvel Oi
2 TELE NORT CL PN 230,9 211,9 Telecomunicações / Telefonia Móvel / Telefonia móvel Oi
3 BIOMM PN 226,8 208,2 Consumo não Cíclico / Saúde / Medicamentos e Outros Produtos BIOMM Technology
4 DIMED ON 158,3 145,3 Consumo não Cíclico / Comércio e Distribuição / Medicamentos Panvel Farmácias
5 ESTACIO PART ON NM 134,2 123,2 Consumo Cíclico / Diversos / Serviços Educacionais Estácio Participações
6 GRENDENE ON NM 132,8 121,9 Consumo Cíclico / Tecidos. Vestuário e Calçados / Calçados Grendene
7 MINERVA ON NM 122,1 112,1 Consumo não Cíclico / Alimentos Processados / Carnes e Derivados Minerva Foods
8 VALID ON NM 121,0 111,1 Bens Industriais / Serviços / Serviços Diversos Valid
9 FORJA TAURUS ON N2 120,5 110,6 Bens Industriais / Máquinas e Equipamentos / Armas e Munições Empresas Taurus
10 MILLENNIUM PNB 113,0 103,7 Materiais Básicos / Químicos / Químicos Diversos Millennium Inorganic Chemicals

Fonte: BM&FBOVESPA
       

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

CEMIG: dividendos extraordinários e JSCP


Em aviso aos acionistas, no dia 20 de dezembro de 2012, a CEMIG anunciou a distribuição de dividendos extraordinários no montante de R$ 1,6 bi e mais R$ 1,7 bi de juros sobre capital próprio do exercício de 2012. A alta após o aviso já chega a 6% nesta sexta-feira, 21 de dezembro de 2012. A possibilidade de tal fato (dividendos extraordinários e juros sobre capital próprio) já havia sido indicada no blog
gestaofinanceirapersonalizada.blogspot.com.br desde o dia 13 de setembro de 2012, dois dias após o comunicado pelo governo federal sobre as medidas para reduzir o custo da energia elétrica, conforme MP 579 de 11 de setembro de 2012, sem amplo debate e de forma compulsória, demonstrando caráter eleitoreiro e populista.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Black Wednesday?


Muitos conhecem bem o que é a Black Friday, que foi o evento criado pelo varejo nos Estados Unidos para nomear uma ação de vendas anual, onde diversas lojas promovem descontos significativos para os consumidores, na 4ª sexta-feira de novembro após o feriado de Ação de Graças.

Mas e a Black Wednesday?

A Black Wednesday refere-se à quarta-feira de 16 de setembro de 1992, ocasião em que o governo conservador britânico foi “obrigado” a tirar a libra esterlina do European Exchange Rate Mechanism (ERM), precursor do Euro, depois que o Reino Unido não conseguiu honrar com o limite de flutuação de 6% da libra esterlina em relação ao Marco alemão.

O European Exchange Rate Mechanism (ERM) foi um sistema introduzido pela Comunidade Europeia em março de 1979, como parte do Sistema Monetário Europeu [European Monetary System (EMS)], para reduzir a volatilidade da taxa de câmbio e alcançar a estabilidade monetária na Europa, em preparação para a União Econômica e Monetária de seus países membros. 

Embora não tendo aderido no primeiro momento a tal mecanismo, em outubro de 1990 o Reino Unido decidiu aderir ao European Exchange Rate Mechanism (ERM), comprometendo-se a seguir a política econômica e monetária definida, o que impediria que a taxa de câmbio entre a libra esterlina e o Marco alemão flutuasse mais de 6%. 

O problema foi que a conjura econômica daquele momento não era propícia a tal adesão. A Alemanha adotava elevada taxa de juros para conter a inflação, em virtude dos elevados gastos decorrentes da unificação entre a Alemanha Ocidental (muito forte economicamente) e a debilitada Alemanha Oriental. A inflação no Reino Unido era três vezes maior que a inflação alemã. Boa parte das exportações britânicas foram precificadas em dólar (USD) e naquela ocasião o dólar tinha sofrido rápida depreciação. Adicionalmente, os traders (operadores) de câmbio não estavam confiantes com relação ao futuro do European Exchange Rate Mechanism (ERM), principalmente após a rejeição do Tratado de Maastrich pelo eleitorado dinamarquês (não aderindo ao ERM), na primavera de 1992, e o anúncio de que também haveria um referendo na França, pressionando a desvalorização da libra esterlina.

A pressão sobre a libra esterlina era enorme e o então primeiro-ministro John Major tentou veementemente evitar a retirada do Reino Unido do European Exchange Rate Mechanism (ERM). Desta forma, o Tesouro britânico operou comprando freneticamente libras esterlinas, que eram facilmente vendidas nos mercados de câmbio, e no dia 16 de setembro de 1992 aumentou a já alta taxa de juros de 10% para 12%, com o intuito de conter os ânimos dos especuladores. Como a medida não surtiu efeito, no mesmo dia a taxa de juros foi elevada para 15%. Entretanto, os traders continuaram vendendo libras esterlinas, convencidos que o governo não conseguiria impedir que a libra esterlina caísse mais que o nível mínimo estabelecido quando da adesão ao European Exchange Rate Mechanism (ERM). Então, por volta das 19 horas daquela quarta-feira, Norman Lamont, então Chanceler, anunciou que o Reino Unido deixaria o European Exchange Rate Mechanism (ERM) e que a taxa de juros seria mantida em 12% (no entanto, a taxa de juros no dia seguinte voltaria a 10%). Este dia conhecido como Black Wednesday pode ser considerado como o dia D para que o Reino Unido não adotasse o Euro como moeda.

Vários traders aproveitaram-se da situação e acreditaram na queda da libra esterlina. Contudo, destaca-se o megainvestidor George Soros, que vendeu USD 10 bilhões em libras esterlinas a descoberto (short-selling sterling) e obteve um lucro de USD 1 bilhão (um bilhão de dólares). Por este fato, George Soros é conhecido como “o homem que quebrou o Banco da Inglaterra”.

Em 1997, o Tesouro do Reino Unido estimou que o custo da quarta-feira negra foi de £3,3 bilhões.

Embora muitos britânicos acreditem que a Black Wednesday tenha sido um verdadeiro desastre nacional, alguns conservadores afirmam que a expulsão forçada do European Exchange Rate Mechanism (ERM) foi na verdade uma quarta-feira de ouro (Golden Wednesday) ou uma quarta-feira branca (White Wednesday), o dia em que foi aberto o caminho para a recuperação econômica, levando ao restabelecimento do crescimento econômico, com desemprego e inflação caindo (tendo esta última começado a cair antes da quarta-feira negra).

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

O que esperar do mês de novembro de 2012?

A expectativa para o mês de novembro de 2012 é de alta para o IBOVESPA, recuperando pelo menos parte das perdas acumuladas em outubro (-3,56%, fechando em 57.068,18 pontos). Do período Lula até hoje (2003 em diante), a média de alta do mês de novembro é de 3,41%, com desvio-padrão de 6,37% (o que indica que existe uma alta probabilidade do IBOVESPA fechar novembro entre -2,96% e +9,78%). OBS: Atentar para suportes a 56,2k pontos e a 55,3k pontos.



Já em relação ao dólar a tendência é que ele continue se situando entre R$ 1,98 e R$ 2,08, nos próximos meses, intervalo (banda) iniciado em maio de 2012. Observando o gráfico dos últimos doze meses, verifica-se que a partir de julho de 2012 o intervalo de variação do dólar ficou ainda mais curto, mantendo-se entre R$ 2,01 e R$ 2,05. Desta forma, espera-se que ao final do mês de novembro de 2012 o dólar continue neste patamar, embora fatores externos como a eleição presidencial americana e a ausência de definição mais clara sobre a possível resolução da crise europeia suscitem dúvidas.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

CEMIG: mais uma ação com tendência de alta no curto prazo




Desde o anúncio no dia 11 de setembro de 2012 pelo governo federal sobre medidas para reduzir o custo de energia elétrica as ações do setor caíram significativamente, segundo o Índice de Energia Elétrica – IEE caiu 11,34% (fechamento aos 28.962 pontos no dia 12 de setembro de 2012 enquanto que no dia 10 de setembro de 2012 o IEE fechou aos 32.666 pontos).

Mais impressionante ainda foi a queda das ações da Cemig: CMIG4 caiu de R$ 35,09 no dia 10 de setembro de 2012 para R$ 25,29 no dia 12 de setembro de 2012, queda de 27,93%.

A princípio, sem as considerações que estão em andamento pela diretoria e corpo técnico da Cemig, conforme comunicado ao mercado de 12 de setembro de 2012, não há razão para tanto pessimismo em relação às ações do Cemig (CMIG4), visto que tal empresa adota uma política diferenciada de distribuição de dividendos – o que é um de seus diferenciais - e tem caixa e continuará gerando caixa, o que provavelmente não impactará de forma muito significativa o pagamento de dividendos, mesmo com os possíveis impactos negativos para a empresa referentes a renovação de concessões do setor elétrico brasileiro e consequente redução do custo de energia elétrica, feito pelo governo federal.

Política de dividendos da Cemig

Conforme previsto no Estatuto Social da Cemig, os dividendos de um determinado exercício social somente serão distribuídos depois de efetuada a dedução, antes de qualquer participação, dos prejuízos acumulados e da provisão para o imposto sobre a renda.

O lucro líquido apurado em cada exercício social será destinado: (i) 5% para a reserva legal, até o limite máximo previsto em lei; (ii) 50% distribuído como dividendo obrigatório aos acionistas da Companhia, observadas as demais disposições de nosso Estatuto Social e a legislação aplicável; e (iii) o saldo, após a retenção prevista em orçamento de capital e/ou investimento elaborado pela administração da Cemig, com observância do Plano Diretor e da política de dividendos nele prevista e devidamente aprovado, será aplicado na constituição de reserva de lucros destinada à distribuição de dividendos extraordinários, observado o disposto abaixo, até o limite máximo previsto na lei.

Sem prejuízo do dividendo obrigatório, a cada dois anos, a Cemig utilizará a reserva de lucros citada acima para a distribuição de dividendos extraordinários, até o limite do caixa disponível.

O Conselho de Administração poderá declarar dividendos intermediários, a título de juros sobre o capital próprio, à conta de lucros acumulados, de reservas de lucros ou de lucros apurados em balanços semestrais ou intermediários.

As importâncias pagas ou creditadas a título de juros sobre o capital próprio, de acordo com a legislação pertinente, serão imputadas aos valores dos dividendos distribuídos para todos os efeitos legais.

Os dividendos declarados, obrigatórios ou extraordinários, serão pagos em duas parcelas iguais, a primeira até 30 de junho e a segunda até 30 de dezembro de cada ano, cabendo à Diretoria, observados estes prazos, determinar os locais e processos de pagamento. Os dividendos não reclamados no prazo de três anos, contados da data em que tenham sido postos à disposição do acionista, reverterão em benefício da Companhia.

Análise financeira

Conforme a última divulgação financeira oficial da Cemig, a 2ª ITR de 2012, 30 de junho de 2012, a Companhia possuía em caixa e equivalentes de caixa R$ 2.335.270 mil e a conta Reservas de lucros era de R$ 2.353.537 mil. Adicionalmente, observa-se que a Companhia efetuou o pagamento de dividendos adicionais no valor de R$ 67.086 mil referente ao exercício de 2010 e de R$ 86.316 mil referente ao exercício de 2011. Desta forma, entende-se que existe caixa suficiente para fazer face aos pagamentos de dividendos por um bom tempo e que mesmo se o lucro do exercício for reduzido a Companhia ainda possui elevada soma de reservas de lucros que pode ser distribuída.

Análise técnica

O IFR abaixo de 30 indica tendência de alta. Adicionalmente, o forte gap entre o fechamento do dia 11 de setembro de 2012, R$ 31,50, e o preço de fechamento a R$ 25,29, no dia 12 de setembro de 2012, sugerem forte probabilidade de preenchimento, o que também indica tendência altista nos próximos movimentos dos preços da CMIG4. A alta deve alcançar aproximadamente 24%, possivelmente nos próximos quatro meses.



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